Segundo esta notícia do PÚBLICO, dos 13 candidatos presidenciais que entregaram o processo de candidatura dentro do prazo legal (que terminou hoje às 16 horas), Garcia Pereira, secretário-geral do PCTP/MRPP, Luis Filipe Guerra, secretário-geral do PH, e ainda Manuela Magno, Teresa Lameiro, Josué Gonçalves Pedro e Diamantino Silva, terão entregue as 7500 assinaturas necessárias, embora ainda sujeitas a verificação por parte da Comissão Nacional de Eleições. O que nos leva a perguntar: para a CNE existirão candidatos de primeira e de segunda? É que não se ouviu ainda (e não se ouvirá, certamente) qualquer censura por parte desta ao facto de estes candidatos terem sido ostensivamente ignorados pelas televisões e rádios (designadamente as estações públicas) aquando dos vários debates e entrevistas que se realizaram (e lembro que na altura da marcação destas ainda nenhum dos candidatos o era oficialmente). Pelo que conheço do processo parece-me que pelo menos Garcia Pereira, Luis Filipe Guerra e Manuela Magno terão de facto entregue as assinaturas correctamente, e irão aparecer nos boletins de voto. Mas na nossa democracia apenas os mesmos de sempre tem direito a ter visibilidade e apresentar as suas ideias em condições de plena igualdade, e isto ainda mais quando esses são os que dispõem do apoio das máquinas partidárias. Ou os senhores da CNE (e os da RTP e da RDP) desconhecem o significado da palavra "democracia"? É que, pelos vistos, a nossa "democracia" não passa de uma "partidocracia".
7 comentários:
A nossa " democracia", provoca-me mais naúseas que qualquer sessão de quimioteraia. Como se sabe a maior parte dos serviços públicos de saúde do nosso país funciona mal. As horas de espera para as as consultas são intermináveis,os doentes são mal atendidos, e a falta de respeito para com os doentes e seus familiares são inúmeras, etc...
Conforme um artigo de opinião de José Mello Breyner publicado no Diário de Noticias do dia 12 de Setembro, parece existir uma excepção a esta regra geral, a Unidade de Oncologia de Cascais, dirigida por um médico (Dr Maurício Chumbo)que coloca o doente em primeiro lugar. Segundo o mesmo artigo os doentes nessa Unidade são tratados com carinho, com humanização e com respeito,impera a calma e a organização,e tudo isto com uma enorme falta de meios (posso corroborar no que respeita a meios físicos....)mas que o Dr Maurício Chumbo e sua equipa conseguem milagrosamente superar.
O Dr Maurício Chumbo,já propôs a quem de direito que fossem cedidas á unidade de oncologia camas que estão desactivadas num outro hospital do concelho de Cascais para fazer uma unidade para doentes terminais...mas estas foram-lhe negadas ! Porque razão?
A título de informação, há 5 unidades para doentes termonais, em todo o País, 3 a funcionar nos IPO (Lisboa,Coimbra, Porto)e os outros dois são da Misericórdia.....imaginem quantas pessoas nesta fase final perdem toda e qualquer qualidade de vida.
De facto em Portugal, torna-se impossível querer fazer qualquer coisa.é melhor ser uma besta, vestir a bata branca, julgar-se um deus ...que tem hipótese de ter a carreira assegurada.
A sociedade civil começa a movimentar-se, mas ainda é um embrião.
é o Portugal do José Gil
tens toda a razão. estes gajos ( a televisão, os "jornalistas" da "imprensa de referência", os outros candidatos...) não têem vergonha na cara.
mombassa.kid@gmail.com
Depois de se masturbarem intelectualmente com essas mesquinhices, vocês aí deviam-nos era explicar-nos como é que se podia fazer 10*9/2=45 debates na televisão.
Os candidatos que estão aí nem sequer são os que têm a máquina por detrás, olhem o pateta alegre. São sim aqueles que têm mais de um por cento de intenção de voto, logo aqueles que representam uma ideia ou vontade representativa de alguma parte da nossa sociedade.
Porque é que hei de ouvir um gajo que nem 50.000 votos há de ter, e os quais a sua maior parte são por não se querer votar nos outros?
E sinceramente, não percebo o que é que a medicina tem a ver com isto... ah, já sei, é o "sistema". O "estado das coisas". Pois é, pois é.
O caro Barba Rija tem os dados infaliveis das sondagens que incluem os-candidatos-que-não-são-nem-podem-ser. Boa.
Mas não sabe o que é a democracia.
Nem que só tivesse um voto. Tem ou não tem as 7500 assinaturas? É ou não é um candidato legítimo?
Tem ou não tem tantos direitos como qualquer outro candidato que se apresente? O Barba-Rija é a Maya?
Caro Barba Rija
Esse não entendimento, verifica-se na prática da democracia no nosso país. é contra ele que me insurjo
Um dia se vier a olhar ou precisar do nosso sistema de saúde, saberá e perceberá melhor " o estado das coisas". Pois é,pois é.
Boas Festas
"é contra ele que me insurjo" leia-se "é por causa dele que me insurjo"
Ó filho, não sabes que barba rija quer dizer pila pequena.
Aproveito para te informar que à hora dos debates, podes sintonizar o "Mezzo" ou os "Morangos com Açúcar".
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