Do culto Mariano ao oculto Marianí (Vivenda) – a dura poesia de um candidato atirado para estas lides – e que bem podia ficar a fazer companhia aos netinhos, 4-netinhos- 4
Não me conformo com este modus vivenda.
Das duas, uma ou não lhe chamamos nada, ou assim, não a chamamos.
«Vai p’ra dentro filho, vai p’ra dentro...»
E ele a obedecer, mas lá no fundo a resmungar:
«Cada país ou cada povo tem o Cavaco que merece ou tem o Cavaco que lhe foi destinado ou, ainda, tem o Cavaco que lhe foi preparado...
Ai, Maria, mao - mao Maria...»
«Ó filho, não te armes em Durão...»
E o Aníbal amochava e de noite até sonhava com a maré-cheia em Armação...
«Tenho filhos, tenho netos,
tenho muitos trabalhos.
Já chega de canseiras,
Ai, Maria, que tu me matas de tantas...
Sei lá...»
«Está bem, pronto.»
«Candidateiras?...
Esta rima não vale?...
Dá-me aí o bolo - rei ...
Não percebeste?...
Era uma piada.
Pois.
Daquelas...
Das minhas...
Está bem.
Mas olha que eles riem-se muito.
Sobretudo, o que tem dois aninhos...»
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