
Quatro anos depois o terrorismo tornou-se mundial, a guerra alastrou ao Médio Oriente e o confronto é directo, como queria Bin Laden e provavelmente também Bush. Quatro anos depois temos leis mais restritivas, menos liberdades e maior controlo policial, como queria Bush e provavelmente também Bin Laden. Quatro anos depois os ocidentais têm medo que uma bomba lhes rebente no subsolo e os orientais que uma lhes caia em cima, tornou-se normal dizermos que "estamos em guerra", tornou-se moda desejarmos "líderes fortes" em vez de mais Democracia; no ocidente a Esquerda está em crise, no oriente toda a Democracia está em crise, os fundamentalistas islâmicos e cristãos ganham terreno; a economia está em recessão (menos na América), o petróleo triplicou de preço, os texanos e os sauditas estão ricos; a Europa está mais fraca e dividida, a América mais arrogante e o Irão mais isolado. Quatro anos depois Bin Laden e Bush são os grandes vencedores e nós, o povo que não se reconhece, os perdedores. O projecto Bin Laden e o projecto Bush são curiosamente coincidentes: Bin Laden quer expulsar os americanos da Arábia, provocar regimes islamitas e, numa segunda fase, eventualmente lançar a jihad mundial- para isso, nada melhor que uma América arrogante; Bush quer expandir ao limite o poder da América, ou melhor, daquilo que a América é símbolo e guardião, a fase imperial do capitalismo- para isso, nada melhor que uma ameaça. Infelizmente para todos nós, o mundo está pior desde o 11 de Setembro, mas não para todos: menos para aqueles que partilham os projectos de Bush ou Bin Laden.
5 comentários:
Ó André carapinha, não pões um link no teu blog para o meu?
idadedoferro.blogspot.com
Depois diz o que é que achas, ok? Lê o "Eleições na província" e o "As mamas da República"
Abraços:)
Concordo.
A vida está a correr bem para os belicistas e todos os quie querem ganhar dinheiro ou dimensão através da guerra e da violência.
A questão é: how to dismantle this atomic puzzle?
Há quem diga que se deve dar tempo ao tempo (prespectiva neo-budista) ou nunca pela força das armas, pois já provaram o que valem (prespectiva pacifista).
Eu penso que a luta deve continuar. Não como Bush ou Bin Laden, mas trabalhando para dar mais voz àqueles que não se fazem ouvir junto do poder. Como? Tirando o tapete debaixo dos pés nas urnas.
PS. nunca me imaginei ser tão reformista. Por vezes nem eu mesmo me reconheço. O desaparecimento das Brigadas Vermelhas deixou um vazio dificil de preencher.....
Este "Surfista Prateado" é tão bom como o criado pela dupla Stan Lee/John Buscema.
Gostva de saber que calo lhe pisei? E foi pisadela grande!
Em si, aprecio sobremaneira a decantanção que faz das pimpãozices.
O seu comentário mostra bem que não entendeu peva do que eu disse.
Não é um comentário. É um churrilos de deturpações assinadas com um sorriso bacoco verde fel.
Depois queixe-se do fígado.
Fui até à Cidade da "Utopia" e fiquei.
Outros, por mais que cresçam, nunca saem da aldeia natal. Nunca se desenvolvem.
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