O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de elogiar o desempenho económico de Moçambique fortemente subsidiado pela ajuda externa. No seu relatório anual, o FMI destaca o crescimento anual do país em oito por cento, descrito como a maior taxa de toda África, e a redução da taxa de inflação a um dígito.Somam-se, igualmente, a consolidação das reservas e a queda da percentagem da população que vive na pobreza absoluta de 70 para os actuais pouco mais de 50 por cento. As reservas moçambicanas atingem neste momento quase um bilião de dólares.
O esforço das autoridades moçambicanas, este ano, é de tentar manter a taxa da inflação a um dígito, meta dependente do comportamento económico no mês de Dezembro, segundo reconheceu um alto funcionário do Banco Central de Moçambique.
A administração do FMI considera que Moçambique está neste momento numa “encruzilhada crítica” do seu desenvolvimento e que ousadas medidas devem ser operadas com vista a alargar a base tributária, e completar outras reformas estruturais, como na área de justiça para fechar a segunda vaga de medidas e estratégia de desenvolvimento.
Moçambique obteve ao longo da última década um “desempenho impressionante”, situando-se entre os alunos brilhantes na turma das instituições de Bretton Woods.
O FMI vaticina uma crescimento da economia moçambicana em 2006, de 7,4 por cento e uma taxa de inflação de 7,0 por cento.

6 comentários:
e eu muito feliz com estas notícias. Mas lamentando sempre que haja dois países, e dois índices: o Moçambique pobre do Norte e o remediado do Sul, sendo que, infelizmente, o Norte começa logo à saída de Maputo...
Faço votos para que Moçambique se tenha tornado num aluno brilhante de facto, que não seja a da montanha a parir um rato. Essa história do “ aluno brilhante “ não nos traz muito boas recordações, aqui neste cantinho à beira mar. Portugal era muito bom aluno, que aprendia depressa e bem...e num repente, chegou-se à conclusão que afinal o DÉFICE era brutal, que houve muita malandrice na aplicação dos FUNDOS COMUNITÁRIOS.
Que sorte a nossa!
E tão “bons alunos” que nós éramos.
Que BOM saber que não é sempre para baixo!! - abraço, uma que continua a sonhar com um Moçambique feliz.
O Norte começa dentro de Maputo, e não fora, mas tenho que confessar que quanto maior é abismo, mais gosto dele. Não consigo ser isento quando falo de Moçambique, e que apesar de caminhar a uma velocidade estonteante para a criação de um fosso de dimensões ciclópicas entre os ricos e os pobres, e sem paralelo em África, é lá que quero morrer.
Como é reconfortante ver a esquerdalha defender o FMI!
Tomemos cuidado ao elogiar alguém pois pode nos custar fortuna...Quero acreditar que Moçambique está num bom caminho para diminuir cada vez mais com a dependencia externa. Tal situaçao será possivel se iniciar alias continuar com o processo de reformas estruturais, implementaçao de politicas que atraem o investimento estrangeiro, diminuar a burrocracia em muitas instituíçoes do estado que impedem ou desincetiva os investidores.
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