
A grande peixeirada em que se tornou o frente-a-frente entre Carmona Rodrigues e Manuel Maria Carrilho, na quinta-feira passada na SIC Notícias, deverá ter um segundo episódio em breve. Tudo leva a crer que será na TVI. Mas ainda está no segredo dos deuses.
Do lado de Manuel Maria Carrilho parece não haver qualquer objecção. A sua candidatura sempre se mostrou disponível. Do lado de Carmona Rodrigues, só depois do debate na SIC é que se decidiram aceitar. O típico estilo "deixa as coisas rolar até ver" , repescado de Santana Lopes, foi quebrado depois do debate de quinta–feira. Elementos da candidatura consideram que estão agora reunidas as condições para um novo debate. A carga negativa que teve na opinião pública a recusa de Carrilho em apertar a mão a Carmona foi determinante. No entanto, apresentam uma condição: Carrilho tem de divulgar o seu programa eleitoral, coisa que ainda não fez. Mas o candidato socialista já anunciou que a divulgação do seu programa será feita na próxima segunda-feira. A marcação de lado a lado é cerrada, como se pode ver.
Certo, certo, é o debate a cinco que a 6 de Outubro acontecerá na RTP. Só para fanáticos e para pessoas que tiverem de tomar um comprimido muito importante à 01:00 da manhã. Para esses, e para quem tiver pachorra, um debate a não perder. Aí, além das duas personalidades de quem se fala, vão estar também Ruben de Carvalho, Maria José Nogueira Pinto e Sá Fernandes.

As frases do debate na SIC:
“…estou a ser vítima de insultos de carácter pessoal. Repita-os agora cara a cara…" Carmona Rodrigues
"…Quem não tem hábitos democráticos, não consegue ouvir os outros…" Manuel Maria Carrilho
"…Em Lisboa houve um despesismo descontrolado. Só o estudo prévio do arquitecto Frank Gery para o Parque Mayer custou 2,5 milhões de euros” Manuel Maria Carrilho
“…Quem gasta em propaganda é Manuel Maria Carrilho, que espalhou pela cidade mais de 250 outdoors muitos meses antes das eleições" Carmona Rodrigues
"Quanto pagou pela casa de banho?" Carmona Rodrigues
(Obras numa casa de banho do Ministério da Cultura realizadas quando Carrilho era ministro)
“…Essa polémica foi a tribunal, e saí do processo completamente ilibado" Manuel Maria Carrilho
"O nível da sua argumentação revela bem o seu carácter" Manuel Maria Carrilho
”…O senhor perdeu toda a credibilidade ao prometer empregos pós-eleitorais. Estamos perante um verdadeiro mensalão" Manuel Maria Carrilho (acusação de promessas que Carmona Rodrigues teria feito aos dirigentes do Partido da Nova Democracia, Manuel Monteiro e Jorge Ferreira).
"Isso é uma calúnia e não lhe admito. O senhor tem falta de carácter" Carmona Rodrigues
"Se for eleito presidente da Câmara, vou servir Lisboa e não servir-me dela como fizeram Pedro Santana Lopes e Carmona Rodrigues" Manuel Maria Carrilho.
"Blasfémia, isso não aceito" Carmona Rodrigues
"Não houve reabilitação urbana na cidade. Houve multiplicação de painéis a dizer que houve reabilitação urbana" Manuel Maria Carrilho
"Ordinário" Carmona Rodrigues (depois de Carrilho não lhe ter apertado a mão)
7 comentários:
Se a Bárbara estivesse lá.
Aquela boquinha BB qb, que bom.
A falta que a Barbara faz...
Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Cambada de cretinos....
Tudo o que não precisávamos de saber acerca deste debate! Continua a escrever!
Só há dois candidatos credíveis: a Maria José e o Ruben.
Qual é a competência, o know out, o perfil dos outros três candidatos em matéria de gestão que os torne mais aptos para assumir a Presidência do Conselho de Administração (o PCA) da mega-holding que é a Câmara Municipal de Lisboa.
A UNL, mais concretamente a FCSH, é a minha faculdade. Não posso concordar com qualquer sanção a Carrilho; pois se conheço exemplos muito piores, e praticados no próprio contexto pedagógico! Por exemplo, que tal aquele professor que é estrela da (má) escrita e cujo último nome é o mais belo dos sentimentos humanos, e que resolve que não tem nada de fazer 2ªs chamadas dos exames (não lhe apetece dar-se ao trabalho); e que quando o aluno falta por estar doente responde "não tenho nada a ver com isso, faz a cadeira para o ano"; e que quando o aluno começa (imprudentemente) a discutir com ele o ameaça de porrada aos berros na esplanada? Ou a sra. Dra. que dá aulas de Ética, pertence à Comissão Nacional de Ética para a Vida, e despudoradamente chumba os alunos que não alinham no jogo "eu também quero pertencer à Opus Dei", incluindo um rapaz que há seis (!) anos que não consegue acabar o curso por causa da cadeira dela? Ou o outro escritor famoso das esquerdas modernaças que se gaba que "se está nas tintas para processos disciplinares" porque os ganha todos (e tem razão, o dito, porque tal é o compadrio que os ganha mesmo)? Ou o velhote homossexual que dá 18, 19 e 20 a todos os rapazolas bem-parecidos que fingem que lhe dão bola (e os miseráveis rapazolas sem vergonha alinham no jogo pela notinha)?
Como se vê, comportamentos como os de Carrilho estão longe de constituir excepção. A universidade em Portugal, longe de ser um lugar da Excelência, é um ninho de compadres, grupinhos, prepotência, arrogância e preguiça. O Prof. Carrilho, por acaso, até é conhecido por, quando ensinava, ser honesto e ter respeito pelos alunos, qualidades que não deveriam sequer merecer relevância, por óbvias para o exercício da função universitária, mas que, pelo panorama geral, são raras, estimáveis e de louvar na minha querida faculdade!
Caro Surfista, atenção, eu não disse que era "bestial", disse que era honesto e tinha respeito pelos alunos. Volto a dizer: que legitimidade tem o reitor da UNL para aplicar uma acção disciplinar da Universidade a um comportamento que, embora público, é praticado fora do âmbito pedagógico, quando são praticados no âmbito pedagógico (a função da Universidade, pela qual o reitor, aí sim, deveria zelar) comportamentos como os que referi?
Caro Surfista, acho que está a levar a sua embirração pelo Carrilho demasiado longe. Aquilo que ele fez, se o indigna tanto, deve ser julgado pelo tribunal da opinião pública, não é pela Universidade. Quem me dera a mim que a Universidade cumprisse pelo menos minimanente com as suas obrigações, quanto mais andar a dar reprimendas a professores em licença sem vencimento que se tornam políticos...
Pergunto-me que coluna vertebral terá alguém que, em 2 anos, de vice-presidente da CML passou a ministro, depois a presidente em exercício da CML e, de novo, a vice-presidente?
Não lhe comprava um carro em segunda mão por melhores referências que tivesse.
E, com tais telhados de vidro, não o vejo a empertigar-se, nem quando tem razão.
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