sexta-feira, 23 de setembro de 2005


Fátima, voltaste, mas não estás perdoada!

A propósito deste formidavelmente indecente caso de Fátima Felgueiras: em 2001, aquando da sua recandidatura a mais um mandato na CMF, Barros Moura, deputado do PS, opôs-se terminantemente, pois os órgãos autárquicos tresandavam a corrupção e "sacos azuis". A liderança e o aparelho do PS reagiram, excluindo-o como candidato nas eleições legislativas seguintes, apesar dele já ter exercido vários mandatos, unanimemente reconhecidos e elogiados pelos seus pares.

Barros Moura, a quem, com amizade ou maledicência, mas sempre com admiração, alcunhavam de IBM (Inteligente Barros Moura) morreu pouco depois amargurado com o rumo que o seu País estava a tomar.

ZÉMARI@

7 comentários:

Velho Cangalho disse...

ó surfista: escreve-se "supensão", e não "suspenção".

Velho Cangalho disse...

SUSPENSÃO!!!!!!!!

Velho Cangalho disse...

Vão ver o meu artigo sobre a Fátima no Idade deo Ferro: façam copy do link e vã olá ter. Ah, e votem na sondagem!

http://idadedoferro.blogspot.com/2005/09/o-regresso-da-ftima.html

Anónimo disse...

A História não se repete, mas este é um fado que cantamos p´rá aí há 150 anos. Há quem diga, desde o Setembrismo.

Para mim, Álcácer- Quibir (1578) é o princípio do exposto. Não sendo rico, Portugal empenhou-se para resgatar a fidalguia que não queria fazer uma de Infanto Santo. A ruína só teve um intervalo com D. João V e o ouro do Brasil.

Além disso, a dimensão da dinastia dos Braganças está chapada no actual pretendente ao trono.

Em Álcácer começou o mito do "Desejado/Messias".
Durante anos senti-me avesso a esta temática. Olhava-a mais como um "fairy-tale".
No entanto, comecei a achar cada vez mais que, intrinsecamente, esperamos sempre que surja algo que nos desenrrasque da situação em que nos metemos, mas argumentamos que foram os outros que nos tramaram.

Os portugueses são quem mais investe, em quantidade de dinheiro, no Euro-Milhões -- o novo "Desejado".

O petróleo é que se tem mostrado relutante à aparecer.
Há quem acredite que a benzina nos limparia os defeitos para podermos recomeçar... a fazer as trampominices que tanto adoramos e que todos fazemos, a começar por mim, justificando-me logo com "a culpa é 'deles'".

Este "eles" tem as costas demasiado largas.

Armando Rocheteau disse...

Gosto desta democracia!

Sei que não é perfeita.

Digo, com Churchill e Morin, que sendo o menos mau dos regimes, é o único que não se sustenta numa verdade científica.

É essa consciência dos limites que nos salva da selva.

P.S.
Vão ao "Causa Nossa" ler a Ana Gomes. Só para não misturarem tudo.

Entendo que em Democracia não adianta desancar nos políticos.

Vão a votos! Eu apoiar-vos-ei!

Anónimo disse...

Obrigado por tão grande elogio.
Não sabia que quem frequenta esta nanoparcela do ciberespaço tem qualificações, competências, experiência e perfil/vontade para se candidatar ao que quer que seja.

A oposição ao poder não é brincar ao jogo das cadeiras. Se o for, não é oposição. É compadrio.

Armando Rocheteau disse...

Caríssimo Pimpão,
Tenho votado sempre. E, sempre tive em quem votar.
Um dos pressupostos para haver democracia é o de que quem vota pode ser eleito.