É o fim de um espaço alternativo em Lisboa. Durante muitos anos, quando se queria acabar, ou começar, uma boa noitada, havia um nome que surgia sempre. Era o B.Leza. Um refúgio para quem abominava os lugares trendy, da socialite ou do marketing da noite. No B.Leza a festa era certa e a música sempre boa. Aquele espaço habituou-nos a poderem ser vistos, ao vivo, os melhores artistas da música de Cabo Verde. *
A crise começou em 2001 quando a empresa proprietária do espaço moveu uma acção de despejo ao Casa Pia Atlético Clube, que está naquelas instalações desde 1920. De recurso em recurso chega-se a um acordo. O Atlético Clube, que subalugava o espaço aos gestores do B.Leza, tinha de sair até 31 de Agosto de 2005. Durante a transição, tentava-se arranjar solução para o B.Leza e um espaço para a biblioteca-museu. O prazo já passou e as soluções ainda não foram encontradas. Por isso, o encerramento pode acontecer a qualquer momento.
Aquela que poderá ter sido a grande festa de despedida ocorreu no passado dia 12 de Setembro. Tito Paris, Celina Pereira, Dany Silva, Nancy Vieira e Maria Alice, entre outros, esgotaram completamente a sua lotação e muita gente foi impedida de entrar. A publicidade foi feita pelos frequentadores e amigos que pensaram que aquela seria a última noite do clube de música cabo-verdiana. Manuel Maria Carrilho também fez noitada e esteve lá com a Bárbara. Disse: ”comigo o B.Leza não fecha. É um santuário. Tudo farei para que continue. Lisboa tem de continuar a ser a capital da diversidade”. Mas enquanto não há uma resolução definitiva, o B.Leza continua com a sua programação de Setembro e já tem a sua agenda de espectáculos preenchida para Outubro.
A crise começou em 2001 quando a empresa proprietária do espaço moveu uma acção de despejo ao Casa Pia Atlético Clube, que está naquelas instalações desde 1920. De recurso em recurso chega-se a um acordo. O Atlético Clube, que subalugava o espaço aos gestores do B.Leza, tinha de sair até 31 de Agosto de 2005. Durante a transição, tentava-se arranjar solução para o B.Leza e um espaço para a biblioteca-museu. O prazo já passou e as soluções ainda não foram encontradas. Por isso, o encerramento pode acontecer a qualquer momento.
Aquela que poderá ter sido a grande festa de despedida ocorreu no passado dia 12 de Setembro. Tito Paris, Celina Pereira, Dany Silva, Nancy Vieira e Maria Alice, entre outros, esgotaram completamente a sua lotação e muita gente foi impedida de entrar. A publicidade foi feita pelos frequentadores e amigos que pensaram que aquela seria a última noite do clube de música cabo-verdiana. Manuel Maria Carrilho também fez noitada e esteve lá com a Bárbara. Disse: ”comigo o B.Leza não fecha. É um santuário. Tudo farei para que continue. Lisboa tem de continuar a ser a capital da diversidade”. Mas enquanto não há uma resolução definitiva, o B.Leza continua com a sua programação de Setembro e já tem a sua agenda de espectáculos preenchida para Outubro. *
Instalada num palácio do século XVI, a sala mais conhecida do Casa Pia Atlético Clube, acolheu entre 1985 e 1989 as famosas “Noites Longas”. Entrou definitivamente na onda cabo-verdiana com “O Baile”, em 1989 e passados dez anos mudou o seu nome para “B.Leza”. Foi uma personagem carismática que descobriu e pensou em animar aquele espaço. Chama-se Zé da Guiné, e, na altura, tinha um estilo muito próprio. Como DJ passava tudo o que
considerava cool: música africana, portuguesa, rock, reggae, jazz. A casa estava quase sempre a abarrotar e a festa acabava já com o sol a nascer. Paulino Vieira era o músico habitual da casa, quando se começou a chamar “O Baile”. A partir de 1989, muitos artistas cabo-verdianos começaram a pisar o palco do grande salão. De destacar as actuações daquela que, anos mais tarde, veio a ser descoberta pelos franceses e hoje uma das grandes vozes da world music: Cesária Évora.
Como registo, ficam dois discos aí gravados: “Tito Paris Ao Vivo No B.Leza”, de 1998, e “Ao Vivo No B.Leza”, de 2003, com gravações d e diversos artistas que actuaram naquela sala durante 2002.
Portanto, enquanto o B.Leza não fecha, é aproveitar malandragem.
considerava cool: música africana, portuguesa, rock, reggae, jazz. A casa estava quase sempre a abarrotar e a festa acabava já com o sol a nascer. Paulino Vieira era o músico habitual da casa, quando se começou a chamar “O Baile”. A partir de 1989, muitos artistas cabo-verdianos começaram a pisar o palco do grande salão. De destacar as actuações daquela que, anos mais tarde, veio a ser descoberta pelos franceses e hoje uma das grandes vozes da world music: Cesária Évora.Como registo, ficam dois discos aí gravados: “Tito Paris Ao Vivo No B.Leza”, de 1998, e “Ao Vivo No B.Leza”, de 2003, com gravações d e diversos artistas que actuaram naquela sala durante 2002.
Portanto, enquanto o B.Leza não fecha, é aproveitar malandragem.
19 comentários:
Pode fechar à vontade. Desde que a pretalhada volte para áfrica. O período de quarentena deles já vai em mais de 30 anos. Já podem voltar, porque ninguém se lembra dar porras que eles fizeram antes do 25/04/74. A maioria já morreu. Não sei se sabem, mas é mais "n elevado a n" vezes difícil um português ter ou conseguir residência numa ex-colónia portuguesa,~do que eles em Portugal. Para mim era simples, recíprocidade total, eles vinham para cá em número equivalente aos portugueses que eles deixassem fixarem-se nas ex-colónias. Não são eles que querem ser tratados como iguais e adultos nas relações internacionais?
P.S.- Adorava saber os impostos que o B.Leza paga ou pagou? Ou temos mais um caso de nacional porreirismo, com um complexo de potência colonizadora bem explorado? Bárbara/Carrilho no B.Leza? Estamos falados...Espero que a Bárbara tenha ficado satisfeita com os falos cabo verdianos...
Anónimo, quero perguntar-lhe, como fez há dias o Zé Manel Coelho a um "flausino":
«Sabe, já comi de tudo, da sardinha ao tubarão. Onde é que você se situa?".
Eis um comentário (o do anónimo) de extrema-direita. Não percebo qual o gozo que tiram em frequentar-nos. Não seria mais útil uma ida a um profissional de saúde mental?
Mas quem é este Anónimo atrasado mental? Quer dizer que nós, dignos colonos exploradores por mais de 500 anos dos recursos das nossas colónias africanas, podemos chegar lá, sugá-los até ao tutano, tratá-los como inferiores na sua própria terra e, ainda por cima, impossibilitá-los de ter um recobro fácil desta exploração devido ao facto de termos orientado as economias destes países para aquilo que nós precisávamos e de nunca as termos desenvolvido por aí adiante, mas eles não podem emigrar em busca de uma vida melhor? Queria ver se se esta besta estivesse a passar fome, a ver a sua família passar fome e a ter uma vida miserável não procurava fazer mesmo?
Subscrevo a opinião do Surfista quando diz que esta personagem deve ter sido militar na Guerra.
Por isso, se estamos numa de reciprocidade total, acho que ainda lhes estamos a dever muito.
Será que este gajo nunca frequentou uma aula de História? Sabes, Descobrimentos, invasão, colonato, escravos, submissão, humilhação... por aí adiante. Fomos nós que começámos tudo e não eles.
P.S. Porque é que não te filias na Frente Nacional, rapas os teus pelos capilares, trabalhas como segurança numa discoteca ranhosa, bates com uma moca na cabeça e és feliz?
Sr. Anónimo
O senhor também é do movimento pró-vida e não quer nem ouvir falar de educação sexual nas escolhas?
E a haver, seria com um manual editado pela Opus Dei, por que não confia no Patriarcado?
Se for, veio falar com os melhores especialistas na matéria.
Infelizmente, o mais eminente de todos, o Prof. Landru, que abarca resmas de temas, tem estado "out". E mesmo que estivesse disponível, com grande desgosto dele, não consegue atender todos os pedidos que lhe fazem.
Neste blog vai encontrar todo o carinho e afecto que lhe tem faltado. E não paga nada. Corre tudo por conta da Fundação para Recuperação Não-Violenta de Quem Consome Oxigénio Que Não Lhe Faz Falta (FRN-VQCOQNLFF).
Agora não há escassez, mas nunca se sabe…
Além de reaccionário, é covarde. Só os covardes se escondem no anonimato
António, organiza uma deslocação do pessoal!
Anónimo, tu és muito pior que reaccionário, muito muito pior! Tu és um COITO-ADO (????...) DES-LOICADO!
Pimpão, é assim mesmo! ele tem que ser tratado com o humor que merece!
Amélia
Entre a morna e a coladera venha o diabo e escolha. É tudo bom.
Apoio a ideia da Ivone. Como sempre, a voz da razão. ´mbora ao b.leza mostrar o nosso apoio .... à causa e à Superbock. Também pode ser Sagres. A malta já ultrapassou essa fase
Convida o nosso caro anónimo.
Pelo menos vivia uma verdadeira alta festa antes de dar o bafo, "esmagado" por tanta gente de vidrar a gente.
Quando acabarem a vossa masturbação colectiva, eu vou responder. Estou curioso em constatar o "fair play" desta esquerda tão festiva e amistosa. Desde covarde, atrasado mental, animal, etc, já me chamaram, e "dar o bafo" dúvido que tenham coragem para isso. Isto promete. Realmente fui tropa nas ex-colónias,mas por aqui me fico. Por agora, é claro, até acabarem a orgia.
E trouxe uma argola cheia de orelhas de pretos?
Companheiros de blogue,
Descobri, é certo que já o pressentia, que este blogue tem um papel curativo.
O ex-tropa será aqui tratado! Mas terá que nos ler, depois pensar, contar 3 minutos e só depois responder.
Porra! E, se isto se transforma numa linha de apoio a pessoal com traumas? Linkado ao Ministério da Saúde?
Eu sou anti-psiquiatria!
Anónimo. O conceito de esquerda e direita estava a esbater-se até Bush conseguir subir a crispação mundial. No entanto, em breve as coisas vão seguir o seu curso normal. O do tal processo histórico.
Esses conceitos por v. aplicados já estão a subir para patamares superiores. Para mim, esses conceitos estão cada vez mais cósmicos, lugar onde não há referências geográficas. Nâo há cima nem baixo, lado esquerdo ou direito, SW ou NE.
No entanto, v. tem um lugar marcado nessa história, sem ser importante para onde ela se dirija. É o da rectaguarda. Mas está a tempo de debater conosco essa questão. Para mim não há casos perdidos.
Também acredito na anti-psiquiatria, desde que ela permita estrangular o médico.
Este anónimo, além de simpático, é parvo. O que é normal, pois não sabe ler.
Qualquer jovem nazi sabe que "dar o bafo" é "dar o bafo".
Não é uma bofetada nem um "gancho".
E escusa de por esse ar de Luís Filipe Pinto.
Desculpe lá, meu caro anónimo, mas para mim é impossível respeitar pessoas como você, que demonstram uma tão grande ignorância e pobreza de espírito.
Espero sinceramente que não tenha filhos, porque são pessoas como você que criam os neo-nazis ranhosos de hoje em dia. Nojo, asco, mil vezes asco!
E se tem esses traumas todos, porque, coitadinho de si, sofreu muito na guerra, devias era revoltar-se contra Salazar, que o enviou para lá. Eles (os pretos)estavam só a lutar pela sua liberdade. Ou será que não podiam?
Pelo teor dos comentários, e após uma breve travessia pelo blog, onde tive a oportunidade de ler os vossos posts e o que escreveram comentadores, (mais ou menos os mesmos, aqui aparecem), penso que vai ser uma absoluta perda de tempo e energia, debater seja aquilo que for convosco, e nem me vou dar ao trabalho de responder a cada um. Quanto ao aspecto curativo mencionado pelo Sr.Rocheteau, também não lhe vou dar esse trabalho, porque pelo o que li neste blog, quem precisa de tratamento é ele, mas pareceu-me uma pessoa civilizada e culta no conjunto dos seus posts e comentários, mas maluco. O Sr."digger", não passa de um falso púdico e arruaceiro, com pretensões de grande educador, mas manhoso e ordinário. Os restantes cumpriram o papel deles, com mais ou menos humor, ou inteligência, mas respeitando as posições que em consciência defendem. O Sr. Nuno Ferreira, que também pode ser o José Sócrates neste mundo virtual, chama-me covarde, e muito provávelmente nem cara tem para levar uma chapada, como se diz na "gíria"! Mas para mim O Sr. Nuno, ( ou Sr. Manuel?), não passa de um fanfarrão, e ainda por cima ignorante. Para terminar só vos quero dizer que, vocês esquerdistas de meia tigela, ou de "bancada", são o exemplo vivo de como a esquerda se auto-encurralou num beco, vivendo de ídeais e conceitos fantasmas, numa espécia de um clube de saudosistas, com cada vez menos membros e visibilidade da sociedade. Vocês vivem na esperança que "isto tudo dê uma volta", mas podem ter a certeza que não vai dar, porque aqueles que tiveram a oportunidade para a dar a dita volta e concretizar os vossos ídeais, só fizeram merda, e da muito grossa, e hoje são comunas envergonhados ou sociais democratas de meia tigela, ou como os das ex-colónias, são mais capitalistas e corruptos do qualquer outro capitalista corrupto de um obscuro pais da américa central. Isto é a realidade, o que vocês querem é folclore e tapar o sol com uma peneira. Se isto vos satisfaz, gozem muito e briquem à política do faz de conta. Por mim, até acho que já escrevi demais, e assunto encerrado.
P.S.- Vou continuar a visitar o Blog, e se necessário comentar. Vou arranjar um "knick" para não me chamarem "anônimo"!
Desculpe lá, sr. anónimo, mas quem utilizou expressões como, e passo a citar, "desde que a pretalhada volte para áfrica" foi você. O que, desde já, demonstra uma grande profundidade cultural e intelectual não é? E eu sou manhoso e ordinário. Você fala nas "porras que eles fizeram". Elucide-me sobre estas "porras" porque ainda não foi capaz de fundamentar as suas opiniões correctamente. Ao menos assim sabíamos todos de onde vêm os seus medos. Sim, porque se tem essas opiniões tão equilibradas é porque se deve sentir ameaçado ou inferiorizado de alguma forma.
Enfim, também eu já estou farto deste assunto. Racistazinhos ignorantes hão-de existir sempre e não se pode fazer nada contra isso. É mesmo de pessoa reles e insegura ter de ir buscar o factor "cor de pele" para satisfazer a sua minuscula auto-estima de alguma forma.
Assentemos, futuro nick, que tudo é espaço e tempo.
Quando se procura suster ou encolher um deles, a nossa "praxis" é reaccionária.
Como o modelo soviético se tornou autofágico e implodiu, os reaccionários meteram esses 70 anos da História Universal numa redoma anti-tudo e clamaram:
O capitalismo venceu.
Já não há esquerda nem direita.
Já não há história.
Agora só há o indivíduo.
O estado social acabou.
O estado não tem que meter o bedelho na vida do indivíduo.
Se é um excluído é porque não se esforça.
Se se esforçasse teria sucesso. Sem dúvida.
E lançaram-se numa cavalgada desenfreada e selvagem, com todos os trunfos necessários (se não há inventam-se, como fez Berlusconi) para acumularem o maior capital possível -- a regra de ouro do capitalismo -- enquanto não se der o eterno retorno do caminho para o fim da exploração do homem pelo homem.
É por isso que pode-se "torcer" o seu comentário e não sai nada, nem água suja.
É um encadeado de lugares comuns, tão vazios como a minha carteira a meio do mês.
E sabe porque é que a sua prosa, cheia de imprecações (ainda arranja uma luxação com tanto bracejar) é tão oca como uma lâmpada?
É porque a sua história "cristalizou" e você ficou com uma mão cheia de nada. Por culpa dos outros.
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