Francisco Louçã, o único político português que admiro (muito devido a poses como esta) é o candidato do Bloco de Esquerda às presidenciais, vindo baralhar o sentido de voto do escriba. O que nos parece é que esta candidatura vêm confirmar que teremos duas eleições presidênciais numa só: aquela que vai escolher o Presidente da República entre Soares e Cavaco, e a continuação do duelo fratricida entre os irmãos desavindos da Esquerda. Neste aspecto, de admirar a coragem do PCP em lançar o seu secretário-geral numa campanha que se prevê tão bipolarizada, logo tão propícia ao voto útil, a obrigar o BE a responder na mesma moeda. Ganha a Democracia por ter várias figuras de primeiro plano e de peso político inegável na campanha, esperemos que se aproveite para debater o que interessa em vez dos habituais ataques e fugas para a frente. Infelizmente o professor de Boliqueime nunca se distinguiu pelo sentido democrático e de debate. Veremos. A candidatura de Louçã despertou comentários sui generis por essa blogosfera. Então não é que os mesmos que ontem acusavam o BE de ser proto-estalinista, de ser uma clique de amigos onde mandam sempre os mesmos, de não se renovar, são os que hoje dizem que o facto de ter havido oposição interna à nomeação de Louçã prova que o Bloco é um partido igual aos outros, e falam mesmo do início do seu fim? A coerencia e o ódio ressabiado de facto nunca rimaram. É que há mesmo quem diga que o objectivo de Louçã é a derrota de Soares, o único lider da Esquerda capaz de levar o BE para o governo. Mas eles lá sabem!domingo, 4 de setembro de 2005
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Francisco Louçã, o único político português que admiro (muito devido a poses como esta) é o candidato do Bloco de Esquerda às presidenciais, vindo baralhar o sentido de voto do escriba. O que nos parece é que esta candidatura vêm confirmar que teremos duas eleições presidênciais numa só: aquela que vai escolher o Presidente da República entre Soares e Cavaco, e a continuação do duelo fratricida entre os irmãos desavindos da Esquerda. Neste aspecto, de admirar a coragem do PCP em lançar o seu secretário-geral numa campanha que se prevê tão bipolarizada, logo tão propícia ao voto útil, a obrigar o BE a responder na mesma moeda. Ganha a Democracia por ter várias figuras de primeiro plano e de peso político inegável na campanha, esperemos que se aproveite para debater o que interessa em vez dos habituais ataques e fugas para a frente. Infelizmente o professor de Boliqueime nunca se distinguiu pelo sentido democrático e de debate. Veremos. A candidatura de Louçã despertou comentários sui generis por essa blogosfera. Então não é que os mesmos que ontem acusavam o BE de ser proto-estalinista, de ser uma clique de amigos onde mandam sempre os mesmos, de não se renovar, são os que hoje dizem que o facto de ter havido oposição interna à nomeação de Louçã prova que o Bloco é um partido igual aos outros, e falam mesmo do início do seu fim? A coerencia e o ódio ressabiado de facto nunca rimaram. É que há mesmo quem diga que o objectivo de Louçã é a derrota de Soares, o único lider da Esquerda capaz de levar o BE para o governo. Mas eles lá sabem!
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2 comentários:
Um pequeno apontamento.
Louça referiu-se a Mário Soares, Cavaco Silva e Jerónimo de Sousa no seu discurso de candidatura, nestes termos:
«Têm muita experiência, quer porque todos já foram candidatos a Belém, quer porque todos juntos somam 210 anos».
Francisco Louçã disse ainda que não vai abordar o tema da idade, uma vez que «não quero que façam demagogia em torno da minha juventude».
O dilema do Louçã é o mesmo de muita gente: haverá algum dos candidatos do Centrão que seja “ menos mau “ ?
Soares a Presidente significa a hegemonia do PS, uma autoestrada para a tralha socialista. Alguém já se esqueceu das trapalhadas do aeroporto de Macau e das fundações do Vara? O aeroporto da Ota a chegar, e quem sabe, mais alguma fundação, não auguram nada de bom....
Cavaco a Presidente será sempre o “ papão da direita “, se bem que convenhamos, poderia funcionar como travão a pretensões hegemónicas das gentes do PS, pois não se vislumbra uma coabitação perfeita.
Para já é preciso desmistificar toda esta gente montada no sistema, que tem mantido o povinho entretido numa aparente dicotomia esquerda/direita. E seja bem-vindo quem vier por bem!
Numa segunda volta, que venha o diabo e escolha, que eu cá votaria em branco!
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