Cumpriram-se hoje cinco anos sobre o vergonhoso julgamento da Maia, que pôs a nú que, ao contrario do que apregoam os defensores do Não, a lei vigente de facto condena as mulheres por abortarem. Da campanha do Não, já esperamos tudo. Uns, talvez tacticamente, talvez por ingénuos, dizem que a lei vigente serve, também porque as mulheres não serão condenadas (apesar dos processos em tribunal que os desmentem). Mas outros, como o professor Gentil Martins, são mais honestos na sua sanha persecutória e moralista, admitindo que "algumas" mulheres devem mesmo ser "punidas" por abortar. Aquelas que, no seu entender manifestem "um desrespeito absoluto pelos valores da Vida". Como a lei não se compadece com juízos a posteriori e versa sobre o geral, ficamos a aguardar que o professor nos esclareça o critério, e quem o julgará. Talvez o próprio professor Gentil Martins, já que parece ser um especialista na matéria.
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