domingo, 28 de janeiro de 2007

Sublinhados dos jornais do fim-de-semana:

“(…)Guantánamo é o território zero dos direitos humanos, maravilha fatal da nossa idade.(…)Portugal, sob a liderança de Durão Barroso, comprometeu-se, quer com a invasão do Iraque quer com os voos da CIA para Guantánamo, muito para lá do que era o interesse nacional e da opinião da maioria dos portugueses(…)."
Guantánamo Ou O Esplendor Da Democracia, Miguel Sousa Tavares, Expresso.

“(…)
Há políticos cujo sentido de serviço se circunscreve a servirem de chefes aos que os serviram a eles.”
Predestinados, Nuno Brederode Santos, Diário de Notícias.


“(…)
Estranho caso de um país que se revê em Salazar e Cunhal. Com seu ar ascético e a sua fé, um e outro conseguiram arrasar e perverter tudo em que tocaram e estão na origem da maior parte dos problemas de hoje. Mas Portugal guarda uma boa memória do mundo desumano que eles lhe impuseram, ou que pretenderam impor.”
Salazar e Cunhal, Vasco Pulido Valente, Público.

2 comentários:

Time disse...

O facto de Portugal se "rever" em Salazer e Cunhal, revela apenas a imensa falta de memória de todo um povo. E o facto não é de todo inocente.
A Educação neste País definitivamente não vinga!
Será que os tempos aureos daquela grande potência mundial que foi Portugal, estão definitivamente esquecidos pelo seu próprio povo?

Vivemos com a iniciativa, a imaginação e a criatividade toldadas pela enorme mancha cinzenta que é a nossa classe politica do pós 25 de Abril.

O facto é que tirando o enorme sucesso que foi, e é, a manobra de eternização no poder dos mesmos mediocres desde a instauração da democracia, nada de relevante se fez nos ultimos 32 anos.

Ninguém soube fazer despertar o melhor que há em cada um de nós, mobilizando um povo que já mostrou ser mais capaz que qualquer outro.

Custa-me que à custa de um ensino cada vez mais pobre e menos exigente, os medicres continuem a vingar e a vencer.

O resultado aí está! Uma das mais baixas taxas de escolaridade da Europa Comunitária, e a idolateração de dois dos mais sinistros personagens que a nossa história recente produziu!

O caminho que temos seguido está errado. É preciso implementar em Portugal uma verdadeira DEMOCRACIA, daquelas que no parlamento não é condicionada por uma tal de "disciplina de voto", outro exemplo prático do poder da mediocridade.

Por mim votarei (quando me deixarem) num deputado que pense pela sua própria cabeça e defenda acima de tudo os seus concidadãos.

É execrável ver listas de "notáveis mediocres" elaboradas pelos partidos, que uma vez instalados na AR, mais não fazem que, qual rebanho, seguir a voz do pastor.

É esta a nossa democracia! Elegemos umas centenas de deputados (a quem pagamos bem e damos regalias) quando na verdade bastaria eleger um por partido e dar-lhe o numero de votos correspondentes ao sufrágio popular. Poupávamos imenso. Os mediocres ficavam tristes ... e na sua maioria desempregados! Era bom não era?

Cada vez percebo melhor como o povão só se lembra de Salazar e de Cunhal!

Táxi Pluvioso disse...

O caçador Sousa Tavares não sabe o que diz. A verdadeira acção esteve sempre algures. Guantánamo é um smoke screen para entreter jornalistas e ONG defensoras dos direitos humanos. Quando os torturadores egípcios chegavam à Albânia onde estava o pudor cívico do nosso querido filho do tareco de Champallimaud? A escrever no Equador por certo!

Salazar teve o condão de perceber o povo e definir a nossa modernidade – fado, Fátima e futebol (que saudades tenho do Scolarão. Ainda bem que o Madaílão alcançou aquele grande posto na UEFA. Desta dupla são alegrias garantidas). Para contrariar a nossa roda da fortuna devemos lutar por coisas realmente importantes. Como por exemplo, votar para que o Francis Obikwelu ganhe o concurso do maior português de sempre. Ou ajudar o Governo a pagar os 23 mil euritos ao Paulo Macedo exigindo mais uma taxa extra na conta da luz com esse fim específico.

Ao “Governo presente” deveríamos dar a reposta de “povo presente” para uma efectiva glória do país e… quem sabe, recuperar o Ultramar.