
(Foto de www.universal.pt/scripts/hlp/mm/FHLP441_z.JPG)
A poesia portuguesa perde mais um valor dos mais relevantes. Com a morte de Fiama Hasse Pais Brandão, linguista e germanista de rara qualidade, o espaço cultural nacional fica mais pobre e exíguo. No prefácio à mais recente das antologias completas da poesia de Fiama, Eduardo Lourenço salienta que " poucos poetas como ela tiveram uma consciência tão viva deste habitar dentro do que não tem nome - e nós chamamos, para não nos sentirmos perdidos de todo, Natureza, Vida, Mundo, Deus ".
Poema
Para Nuno Guimarães, Rui Belo, Luíza Neto Jorge, Carlos deOliveira, Luís Miguel Nava e os outros que já viveram
Tantos poetas morreram, em minha vida,
antes de mim, não só no sangue ou só na carne,
mas na portuguesa língua.
Deles fica a obra que fizeram .
Todavia vocábulos, para sempre
insonoros, ou no futuro incriados,
demonstram que os poetas todos
morrem sempre mais na língua.
FAR
2 comentários:
Fazem-nos tanta falta...
Só nos damos conta
quando desaparecem...
Vão-nos faltando os poetas.
Mestre Farom: Não me diga que já se esqueceu do ciclo que realizámos sobre a Poesia Portuguesa- com poemas diários impressos tirados dos livros de cada um- no Verão passado. Demos a volta a tudo, eu em conjunto com o Rocheteau. E estamos sempre à espera dos seus poemas, claro! FAR
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