Traumatizante é ver um debate científico na lama. Traumatizante é ver o pactuar da comunicação social e da opinião pública com a demagogia e desinformação num debate sobre bioética. Talvez tenha sido eu o parvo em acreditar no contrário. E, envolvido como estou na luta para que o "Sim" ganhe dia 11, às vezes tenho vontade de vomitar com as mentiras do "não".
Quando o Professor Vaz Serra vem falar de um Síndrome Pós - Aborto, relacionado com o Stress Pós-Traumático, há questões a esclarecer. Por exemplo, o mesmíssimo Professor Vaz Serra escreveu em 2003 o livro "O Distúrbio do Stress Pós Traumático" e em mais de 250 (!) referências bibliográficas não há referência a síndrome pós - aborto. Esquecimento?
Ora, não existindo síndrome pós-aborto em nenhum livro de Psiquiatria, resta-nos esperar que Nuno Rogeiro, comentador transversal de agriões a porta - aviões, e do lado da barricada do "não", possa inventar a mesma (nota, esta piada, com muita pena minha, não é da minha autoria). Ficamos também todos a saber, que do lado do "não", não há só síndromes psiquiátricos novos, como a terapêutica para os mesmos é original: perseguição judicial (outra piada que não é minha).
Finalizo com o link da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE para classificações de doenças:
http://www.who.int/classifications/apps/icd/icd10online/ . Escrevam post abortion syndrom e verão que nenhum quadro psiquiátrico aparece.
11 comentários:
Chega de abortagens!
Quem quer sim, quer sim...
quem quer não, quer não!
Que seca de "aborto", meu Deus!
Um dia deste um amigo noutro blog falava precisamente deste suposto estado depressivo pór aborto. Na altura a minha opinião que tb aqui deixo foi que ainda que possa existir esta condição, o número de mulheres que sofrem de depressão pós parto será certamente maior na casa das três vezes mais. E não é por isso que é proibido engravidar.
Abraço
Se te disser que Deus está na hostia consagrada, que a água benzida do baptismo me tira o pecado original, que a alma habita o óvulo fecundado, acreditas? Vais tentar convencer a quem acredita do contrário? Pura perda de tempo. Os que defendem o "NÃO" lutam pela vida a qualquer preço, independentemente da realidade social e dos dilemas pessoais, nem que seja vida de miséria e sofrimento.
Não penso assim, mas acho que esta discussão é irracional e vou limitar-me a votar SIM.
Acredito que o humanismo prevalecerá.
Neste debate ao lá no que isto se está a tornar vale tudo. Até se arrisca a credibilidade profissional dizendo parvoices como estas, invocam-se estudos que nunca existiram e mentiras passam por verdades. Só espero que o povo saiba distinguir as coisas e que ganhe o SIM.
Pela despenalização!!
Um país onde educação sexual nas escolas ainda é tabu !
Chega de tanta hipócrisia e falsas questões, que moral tem esta gente, que me aperta o cinto todos os dias, para decidir por mim, o que devo fazer quanto ao meu planing familiar.
De boca cheia também eu, desculpem, mas não queremos obrigar ninguém...
Nem tão pouco, utilizar esse método como moeda corrente, porque ninguém, mas ninguém o faz de ânimo leve.
É uma decisão que só à mulher compete, ao casal.
Pela liberdade!
Sempre!:-)
Quem conhece o reaccionaríssimo Adriano Supardo Vaz Serra, que sofre há décadas da “síndrome do progresso social”, que se agudiza quando cheira qualquer vago aroma de esquerda, não fica admirado com esses enviesados do Prof.
Além disso, desde há muito que lhe foram diagnosticadas por alunos, colegas e pares cientistas outras doenças graves como enfatuação, petulância, egotismo, vaidade, presunção, entre outras, como um exacerbadíssimo pedantismo incurável.
Oi! Nestes comentários que li vejo que ainda há quem acredite que o povo sabe o que vai votar... AH! AH! AH!
Se o povo está tão bem informado porque é que há referendo? Então os nossos eleitos não sabem "promulgar" leis sózinhos?
há referendo, porque este país é rico, e não sabe o k ha-de fazer ao dinheiro...
Quer o SIM ganhe quer NÂO o PS vai sempre ter que explicar essa cobardia política do referendo em vez de uma legítima decisão na AR
Quer o SIM ganhe quer NÂO o PS vai sempre ter que explicar essa cobardia política do referendo em vez de uma legítima decisão na AR
tomar medidas políticas no parlamento é democrático, embora os socialistas não percebam
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