quinta-feira, 20 de abril de 2006

Soneto de Separação


Ilustração de Ivone Ralha


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Moraes

8 comentários:

Anónimo disse...

tá bonito, tá...
um beijinho da folha mais velha!

Anónimo disse...

Diana!!!!!
Beijinhos da mãe!

Anónimo disse...

é mais fácil apanhar-te aqui que em casa! ai que mãe...quero ser como tu!!

Anónimo disse...

Quem está toda babada?
Não há presente maior "quero ser como tu" que uma filha possa dar a uma mãe.
bjs ás duas

Anónimo disse...

Beijinhos, moça gira!

Anónimo disse...

Os Ralha são os máiores!!

Beijinhos Ivone!

Anónimo disse...

Dance me to the end of love...

Anónimo disse...

Dance me to the end of love...