segunda-feira, 24 de abril de 2006

Cruzada de Pacheco Pereira contra a liberdade de expressão na blogosfera

O analista e comentador televisivo José Pacheco Pereira, membro e aparatchik do PSD, um dos pioneiros da blogosfera nacional retoma e aprofunda a sua cruzada puritana e censória contra a evolução da Blogosfera,e a sua inquestionável qualidade em se assumir plural, diversa e incontrolável, como confortam as leis de um Estado europeu de Direito. A nossa companheira Maloud foi alvo de um ataque sumário e infeliz, sejamos medianos, de uma grande injustiça: sempre as suas intervenções se pautaram por um equilibrio muito grande de valor ético-estéctico. Pacheco Pereira, uma espécie de António Ferro em potência do novo cavaquismo, mostra-se extremamente susceptível com a falta de controlo ideológico da grande maioria dos blogues nacionais. O caso não é para menos, convenhamos. É que o nosso novíssimo PR perdeu um potencial amigo em Roma, o Berlusconi, e está em vias de ver o republicano Bush-II a perder e ,talvez, a vir ser processado pelas escutas ilegais e outro tipo de malfeitorias que cometeu à sombra da Casa Branca, como toda a Imprensa isenta mundial o diz há meses. Numa jogada de excesso de zelo compulsivo e aterrador, JPP tenta atemorizar e lançar suspeitas contra a " fauna especializada na produção de insultos a esmo, maledicentes por natureza, que não poupam nada nem ninguém" .Nós que assistimos ao início da carreira de JPP na Grande Imprensa- Semanário de Cunha Rego - à chacota das alusões de misógenia que a Natália Correia lhe desferiu e a crítica malévola do EP Coelho sobre a factura técnica dos textos- nunca nos deixamos iludir por pensarmos estar em presença de um trabalho de fundo, honesto, democrático e leal. O que é ensurdecedor e intolerável, agora, é que JPP pretende tentar proibir e coarctar o direito à iberdade de expressão Adorno, num livro muito belo- Mínima Moralia-dissecou , exaustivamente, os meandros da cultura de massas e a antítese entre a vontade pura e a astúcia." Super-pensado, guiado por mil considerações políticas e tácticas, prudente e desconfiado, o intelectual outsider sabe o que o espera: Mas os que caem em dar-lhe razão, cujo reino abarca quase tudo em geral, muito para lá das fronteiras dos partidos, não têm mais necessidade do calculismo que lhe era atribuído.(...) Se procurarmos desatar os seus propósitos obscuros, julga-los-emos de forma metafisicamente exacta, porque têm afinidades com o curso negro do mundo, mas psicologicamente cairemos no erro: deixamo-nos cair na tentação da perseguição que cresce objectivamente ". A astúcia político partidária- a vontade do poder- está a destruir a vontade pura e a independência estratégica da carreira política de J .P. Pereira, um liberal a caminho de ser um fora-de-moda conservador impertinente, sectário e repressivo.
FAR

14 comentários:

Anónimo disse...

Não acredito! Com tanta coisa aí para postar foram logo escolher todos o mesmo texto do FAR?
Que se passa?

Unknown disse...

O blogue estava com problemas técnicos. Era do servidor e nem eu nem o Armando sabíamos disso.
Eu tentei dar uma ajuda.
Os posts sairam horas depois.....
Nunca tal tinha acontecido.
Como este já tinha um comentário, optei por ficar apenas este.

Anónimo disse...

A Globalizacao dá cabo dos bons sentimentos das pessoas- Estes sao targets que se escrevem pelas ruas, hoje, na véspera do 25 de Abril. A coisa está mesmo feia! JPP apoiou a cruzada de Bush contra o Iraque; e agora quer " dividendos " políticos de alto comissário, que é, feitinho com muito suor, ranho e lágrimas, claro! Aquela do dr. Durao lhe ter oferecido a embaixada de Portugal na UNESCO (Paris), já lá vao dois anitos,era uma ocasiao soberana... Olhem, o V.Graca Moura se nao empilhou terceiro(?) e obsceno mandato em Bruxelas. Têem tempo para ler, meditar, escrever e acabar a obra!!!Parece que o JM Júdice anda a escrever umas coisas sibilinas no " Público ", mais um concorrente para a " golden share " do comentário político" . E tudo porquê? Dá tese de Doutoramento: O Poder faz-se com palavras, emocoes e ideias para submetermos os outros. O resto vem por acréscimo, é evidente. FAR

mr pavement disse...

eu não passo cartão ao josé pacheco pereira.

maloud disse...

O artigo do JPP tem muito que se lhe diga. Eu sou visada {duas vezes, é obra!} bem como um grupo de comentadores do Espectro. Para compôr o ramalhete, o JPP foi buscar um ao Blasfémis e duas ao Aspirina b. O Espectro ultrapassou o Abrupto, talvez pelas piores razões, tendo-se suicidado logo a seguir. Isso deixou o rei da blogosfera perplexo e incomodado. E, como não dá ponto sem nó e é estudioso, foi perceber o fenómeno, para extrair as conclusões que já estavam na sua cabeça. Assim este bando tem, na sua douta opinião, cumplicidades e a sua aparição gera o insulto que impede a discussão. Ora no Espectro havia cumplicidades, mas não as que ele citou. Eu não reuniria num jantar aquelas pessoas, a não ser que estivesse sedenta de sangue. Enquanto comentei no Espectro, dos que ele citou, só tinha cumplicidade com o Sniper, que é de direita, mas sempre me incentivou a continuar, porque me acompanhou desde o meu primeiro comentário na blogosfera. Tinha outras cumplicidades, como com o FAR, mas essas não lhe interessavam para a tese. Ainda falando sobre mim, e desculpem o exercício, ele ignorou, porque quis, que, durante pelo menos metade da vida do blog, comentei com o meu nome e apelido verdadeiros, e não sacados da lista telefónica, e só os deixei cair, porque a família começou a temer que me tocassem à campaínha. As cumplicidades criaram-se todas nesse período. Quanto aos insultos é bizarro que o JPP ataque quem é visado por eles, sem os provocar, porque nunca lhes respondemos. Eu, ao ler aquilo, só pensei que não gostaria que o dito senhor fosse juíz tendo sido violada. Ainda me condenava por provocação. Gostaria de dizer, e isto o JPP podia talvez ignorar, porque só o mencionei uma vez, que desde o primeiro minuto mandei o meu e-mail à CCS, para tudo o que ela achasse necessário, inclusive, e explicitei, pedir-me para deixar de comentar. Nunca o fez e tenho boas razões, para acreditar que nunca me considerou um incómodo. Portanto a profusão de Piratas, que se desdobravam em nicks e roubavam nicks, para insultarem, e que no fim escreveram 000 até ao infinito, para rebentarem com a caixa de comentários são, no artigo, as vítimas do bando. O JPP também fala de comentadores que têm blogs pouco visitados e que querem atrair gente. O único caso explícito que lá houve, que fazia parte das cumplicidades e comentava com algum destaque, ele não citou. Eu julgo saber porquê, mas, como é um processo de intenções, e estaria a trair a confiança que essa pessoa depositou em mim, seria imperdoável revelar.
Todo o artigo é feito com má fé que pelos vistos também usa no Abrupto feito pelos leitores. Dos e-mails que recebeu a propósito disto, publicou o que lhe interessava e censurou o resto. Publicou o meu 1º, e o 2º só saiu por gentileza do José, outro dos visados, na GLQL. Ao resto do bando aconteceu o mesmo.
O JPP queria provar que era insispensável para o debate, ter a ralé controlada e domesticada por quem percebe disto. Dito de outra forma, só os que têm coluna no jornal e opinam nas TVs são competentes, para expressar opinião. Os outros todos, de vez em quando, e sempre censurados pelas luminárias que, desde sempre lemos e ouvimos, não vá a higiene mental da blogosfera ficar conspurcada.
Claro que não posso estar mais em desacordo.

Anónimo disse...

Touché Ilustre JPP.
O seu artigo suplanta toda e qualquer maledicência que possa ter encontrado nas visitas a tão calamitoso sub-mundo – a caixa de comentários. Deve ser por isso, por temer o contágio da sua mestria na arte de mal dizer, que não sou visitante do seu majestoso sitio.
Para o António o meu apreço e a minha consideração.
E se me permite, usava a sua caixinha para, em nome duma amiga que assistiu ao último quadratura do circulo, deixar uma questão ao JPP: se a utopia acaba ao fim de três meses o que esteve a fazer na AR durante 3 legislaturas, uma delas como líder da bancada do PSD?

Anónimo disse...

Comprem-lhe um pedestal! Ele quer ser estátua!Sobre o Santana Lopes disse o piorio, "que o peixe morre pela cabeça".........e depois disse voto SL por "organismo". Agora anda a espiar as caixas de comentários e como o Tio Maozedong classifica a maltosa.É um extrema esquerda da extrema direita, ie, não mata ninguém, mas quer um Index em tudo que escrito,falado, visto, excepto Ele o Nosso Sábio.

Anónimo disse...

Não há pior para castrar a Liberdade do que um ex-extrema esquerda arrependido... - parabéns e um abraço ao autor do 'post'. - No pasaran!! Viva o 25 de Abril!!, IO.

maloud disse...

Gostaria de acrescentar que vários blogs tiveram a gentileza de se oferecerem, para publicarem na íntegra toda e qualquer resposta que quisesse dar ao JPP. Fiquei grata, mas não aceitei, porque achei suficientes, como resposta, os e-mails que lhe enviei.
Agora é evidente que comentei os posts que saíram sobre o lamentável artigo, não com o detalhe com que o fiz aqui, mas com o que achei oportuno e pertinente. Aqui, uma vez que já tiveram a gentileza de publicar dois posts meus, achei que devia mais explicações.

Kaos disse...

Um bom 25 de Abril
Um abraço

Anónimo disse...

Maloud: Qual me parece, singelamente, uma das licoes a tirar de tudo isto, de todas estas tentativas de domesticacao insuportáveis, fora-de-moda, com-água-no-bico, a raiar o peso mortal da ignomínia anti-democrática? Do meu ponto de vista,
urge combater com as armas e os instrumentos da nova plutocracia que tenta desesperadamente mandar,reprimir e endireitar. Sim, a " maestria do trabalho enciclopédico de JPP consiste em ser o arauto das novas tendências agressivas,imperialistas e sanguinárias do novíssimo despotismo esclarecido. A " New Yorker " tras um artigo do Seymour Hersch onde, a 17 do corrente mês edicao, é sublinhado que os principais vampiros, os homens da vontade-de-guerra,custe-o que custar( 6 bilioes de dólares por mês), sao os intelectuais reciclados, os neo-cons que sao pagos para escrever e desejar o mal. Portanto, combater a perfídia, a má fé,a ganância e a ousadia sangrenta da prepotência mais vil e abjecta, faz-se pelo estudo e desmontagem criterioso e aprofundado de todos os mecanismos de embuste e dominacao.FAR

Anónimo disse...

Eu, humildemente, teria substituido a expressão fora-de-moda por fora-de-lei, porque o que JPP fez foi insultar, achincalhar, vilipendiar direitos e liberdades individuais como o direito ao bom nome, à honra, ao respeito, à liberdade de opinião e expressão, etc.
Como tal, passivel de procedimento criminal pela prática de vários crimes de difamação nas pesoas visadas e perfeitamente identificadas no artigo.

Anónimo disse...

Estou na famosa biblioteca de Tübingen, por onde andava enlouquecido já o Hölderlin. Agora, nesta Primavera anunciada, o desejo torna-se activo e conduz-nos à accao. " Nao existem palavras possíveis para nós. Tende piedade de nós que combatemos nas fronteiras do futuro e do ilimitado!", Adolfo Casais Monteiro( Armando vai tirar o poema todo, please...). Ou me engano muito, ou estas bojardas de JPP vao fazer com que a Blogosfera se radicalize ainda mais, anunciando-se nas coulisses..., o aparecimento de um super-blogue mundial de luta contra os efeitos da Globalizacao ditada pelo consensus de Washington, que foi recauchutado. Atencao,pois, e preparem-se com armas e bagagens nos neurónios.Avanti. Schüss. FAR

Anónimo disse...

Simplesmente brilhante.