sábado, 29 de abril de 2006

LOROSAE - LOROMONU


Pintura de João Azevedo


Timor

Nestes últimos dias ali a terra treme à volta, os ciclones estão passando perto, nem deixando aparecer o sol durante dias, a chuva enche as marés e engrossa os rios, às vezes os tiros ouvem-se e até voltam as balas e catanas a matar, promete-se, promete-se e nada se faz para parar, de facto, o conflito; aparecem outra vez uma colunas de fogo, o cheiro a queimado. As pessoas mais comuns, essas voltam para trás, têm medo, naquela sensação já herdada de não mandar nada, de não controlar nada, de não ter confiança em nada. São, portanto os maus crocodilos que aparecem, mas desta feita batem-se entre eles.
Onde se pensava que se estava no leste do leste, no oriente do oriente, descobre-se agora que não: dentro do oriente do oriente (timur lorosae) há uma divisão ulterior: o leste do leste-leste (lorosae) e o oeste-ocaso do leste, loromonu. Dois crocodilos iguais-irmãos que se batem entre eles.
Isto está bom é para os "maus" crocodilos!

João Azevedo

4 comentários:

Armando Rocheteau disse...

Hoje o João Azevedo inicia aqui a sua colaboração escrita.

Já lhe conheciamos as pinturas.
Passámos a ter também o privilégio de o poder ler.

Anónimo disse...

Boas notícias! Isto compõe-se!
Um abraço.

Anónimo disse...

As histórias onde os bons ganham, são isso mesmo: histórias. Com os crocodilos deve ser igual...

Anónimo disse...

Não há mais crónica porque a última é sempre actual?