Os barcos
levam bandeiras
os cavalos
belas cabeças
Os barcos levam nomes de mulheres
Por elas nos consumimos
e nos perdemos
e nos reencontramos
Grandes nuvens escondem um sol a acabar
no magnífico céu azul e oiro
Partiram as gaivotas rente às ondas
e percorrerem leves a extensa areia desta praia branca
outras ficam na faixa brilhante
reproduzidas
silenciosas
e passam novamente os cavalos batendo os cascos
pelo imenso paredão de luz e muita gente
Os barcos levam nomes de mulheres
ou levam nomes díspares
o Afrodite o Filho-da-Mãe
Alguém canta as trovas dos últimos trovadores
que agora já morreram
Os barcos
a brisa do mar em frente à cara
Vamos a ver hoje se não bebo.
Mário Machado Fraião
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