Estes são para a Gabriela
Poder dizer amanhã
o prazer de dizer que é para amanhã.
Comprazer-se de dizer amanhã.
Quando digo 'até amanhã'
conservo a esperança de acordar no dia seguinte.
Saber que sou eu e que estou cá.
(Aqui é onde me puseram, mas isso é outra história...).
Amanhã é eu estar frente às pernas escancaradas da fenda de Tundavala
o abismo
a vertigem
o olhar deslumbrado-assustado.
Em Tundavala cheirando o ar que pressinto frio da fenda.
O abismo num desafio de pernas abertas.
Amanhã...
1 comentário:
Na fenda da Tundavala pode-se cair de duas maneiras: ou inteiro ou só os olhos... a primeira possibilidade não foi a minha, mas ofereceu-me um sentimento de sorte que condiz com a minha cegueira, após a absorção da queda,que me foi possível.
A fenda da Tundavala é realmente como um amanhã a rasgar o agora, antes de tempo e sem aviso.
Obgda Fernando, gostei muito.
bjs
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