De uma entrevista capital de J-P Sartre ao editor norte-americano Paul A.Schilpp, na companhia de Michel Rybalka, Oreste Pucianni e Susan Gruen-
Heck. Realizada em Paris nos finais dos anos setenta.
" Porque é que o ego teria que pertencer ao mundo interior? Se é um objecto da consciência, está fora dela; se se encontra na consciência, então cessa de ser extra-lúcida, cessa em ser consciência dela própria para se confrontar com um objecto no interior dela mesma. A consciência está fora; não existe interior da consciência.
" A subjectividade não está na consciência, é a consciência; é por aí que se pode reencontrar um sentido da consciência que será objectividade para o sujeito. O ego é um objecto que roça a subjectividade, mas que não está na subjectividade. Não pode haver nada disso na subjectividade.
" Por detrás da consciência reflexiva, como uma espécie de identidade comum a todos os estados que sucederam a uma consciência reflexiva, existe este objecto que apelidaremos de ego. ( ...) O social não existe na "Náusea ", mas apercebemo-nos dele no romance ".
FAR
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