O guarda da cancela declarou-se em greve.
( Era um direito que lhe assistia...)
Veio a chefe dos funcionários e, temendo a desordem, deslocou a subordinada para o posto
avançado.
A subordinada, subordinou-se e cumpriu a ordem.
Aplaudiram e corroboraram os Doutores.
Estava, assim, restabelecida a Ordem.
Dei por mim a pensar que aquele cinto com a fivela S ainda faz falta...
Aquela fivela S ainda faz sonhar
ainda se pensa,
se age,
se executa,
como se ele
Salazar
cá estivesse.
Aquele cinto que fustigou gerações (duas, pelo menos...)
continua suspenso sobre estas cabeças
cada vez mais ocas.
A greve continua a ser considerada como coisa de 'comunas'.
(Não é verdade que se vão resolver os problemas - que os há, e gravísimos - do nosso sistema educativo.)
A greve é a bofetada que dás na cara do teu próprio filho quando este te esgota a paciência! E tu tens consciência disso. Não resta outro recurso.
Mete tanto medo quanto a ideia de que os ditos 'comunas' comem criancinhas ao pequeno-almoço...
Quando havemos de deixar de ter medo?
de baixar a voz quando exprimimos a liberdade daquilo que intimamente pensamos?
de nos calarmos sempre que acharmos que temos razão?
Se a cadeira ousou sacudir Salazar o que é que nos impede de pensar... (e agir)?
Assim se criam as rupturas.
Abaixo este governo!
Ao fundo com este país!
«Felizmente que na minha pátria,
a minha verdadeira mãe, a minha santa Irlanda
apenas vivi uns anos d'infância, » Almada Negreiros
1 comentário:
Grande cadeira, esta, a que deu cabo do S.!!
E quem diria, o Almada & a Irlanda lol!
Abraço, IO.
Enviar um comentário