China e Índia marimbam-se para a defesa dos Direitos Humanos na antiga
Birmânia, explorando recursos energéticos sem embargo...
Como é possível que Myanmar (antiga Birmânia), terra do arroz e de montanhas encostada à democrática Índia, não se consiga libertar do peso das botas quadradas dos temíveis militares? A descoberta de gigantescos jazigos de gás natural junto à costa perto de Siitwe, no Noroeste do Golfo de Bengala, parece que veio dar ainda mais força à feroz ditadura militar que esmaga os mais elementares direitos do povo da Birmânia, há décadas. A China, em especial desde o início, a que se juntou há pouco a Índia, fecha os olhos às exacções mais despudoradas cometidas pelo chefe da Junta, o terrível manipulador de " almas ", general Than Shwe. Jane Perlez, do NY Times, foi ver como era e relata tudo.
Maior do que a França e a Bélgica reunidas, Myanmar tirou proveito do seu clima favorável à cultura do arroz, antigo maior produtor mundial, do Artesanato e do Turismo seleccionado. O PIB per capita de 175 dólares/ ano é inferior ao do Skri-Lanka. Há fome e miséria por todos os quadrantes do antigo " Jardim de Éden " mítico do continente indiano. As Filipinas e a Indonésia fazem figuras de estados modernos comparados com a paragem no tempo e as vicissitudes sem número que fazem cruel a sobrevivência em Myanmar. E parece que não há sinais de mudança.
A maior parte do Orçamento do estado é empregue na modernização e equipamento de um gigantesco exército de perto de meio milhão de homens em armas. Não existem Serviços de Saúde estatais e o Ensino está destroçado. " Com o suporte da China, o seu maior parceiro e económico benfeitor, a Junta convenceu-se que está para durar e lavar. Este conluio e parceria com a China aumentou com o poderio da economia construído pelas autoridades de Pequim. O povo fala ironicamente com medo da China como o grande " paizinho " e de que, em breve, ela poderá mesmo eventualmente alugar o país inteiro ", escreve Jane Perlez.
As sanções económicas em vigor postuladas pelos USA, elaboradas pelas administrações Clinton e Bush, não conseguem dissuadir a ajuda interessada de Pequim. A que se juntou agora a India, que precisam de gás e petróleo para alimentar o ritmo alucinante das suas economias. Quer no mar, quer nas montanhas a Cia Nacional de Pesquisa de Petróleo chinesa não cessa de abrir estaleiros e construir infra-estruturas de exploração e transporte das reservas de hidrocarbonetos. Fala-se mesmo, segundo a repórter, que Pequim vai privilegiar a extracção petrolífera em Myanmar e na Nigéria, a médio prazo.
" Só cerca de 10 por cento da população sabe ou tenta compreender o que se passa. Muitas vezes, os oposicionistas pensam que para vencer a ditadura terão de se infiltrar no meio deles ", revela a jornalista. A última loucura da Junta consiste na mudança de capital: de Yangon, antiga Rangoon, para um lugar na selva, Naypyidaw,Cidade Real, operação que deve estar pronta ainda este ano e que vai custar biliões de dólares...
FAR
1 comentário:
Caro Far!
Quando estiveres mais "aliviado"...
"disponível"... jfroisf@hotmail.com...
dispôr... abraço...
sempre "avanti"!
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