Faz 40 anos que foi posto à venda um dos melhores discos pop de sempre. Lançado a 5 de Agosto de 1966, Revolver é considerado o primeiro álbum psicadélico de todos os tempos, cujo movimento marcou a segunda metade dos anos 60. Pela primeira vez misturaram cítaras indianas (Love You To), com sonoridades Motown (Got To Get You Into My Life) e guitarras flutuantes (I'm Only Sleeping). A inspiração do livro Tibetano dos Mortos (Tomorrow Never Knows) não deixou de nos lembrar que a solidão pode ser tristemente bela (Eleanor Rigby). Não querendo ser exaustivo, resta dizer que neste álbum todas as canções têm uma sonoridade e um sabor muito especial.A capa foi também uma pedrada no charco. Completamente original para a época, foi fruto da inspiração de Klaus Voormann, um amigo dos Beatles ainda do tempo em que tocaram em Hamburgo. Voormann também músico, substituiu na altura Jack Bruce no baixo dos Manfred Mann e tocou mais tarde com John Lennon and the Plastic Ono Band.
De Revolver, destaco a letra de uma das mais belas canções de amor de sempre:
*
“Here, There And Everywhere”
“Here, There And Everywhere”
To lead a better life, I need my love to be here
Here, making each day of the year,
changing my life with a wave of her hand
Nobody can deny that there's something there
Nobody can deny that there's something there
There, running my hands through her hair,
both of us thinking how good it can be
Someone is speaking, but she doesn't know he's there
I want her everywhere,
and if she's beside me I know I need never care
But to love her is to need her,
everywhere, knowing that love is to share,
each one believing that love never dies
Watching her eyes and hoping I'm always there
*
*
I want her everywhere,
and if she's beside me I know I need never care,
but to love her is to need her
I will be there, and everywhere,
here, there and everywhere
(Lennon-McCartney)
3 comentários:
Falando de música: na festa de aniversário do blog o artista convidado é Elvas Presley, o rei do rock alentejano.
Uma boa escolha de um bom album. Mesmo assim o meu preferido dos Beatles continua a ser o Album Branco
Um abraço
Não tem nada a ver, mas encontrei esta história na internet, onde se encontram coisas fabulosas, quando não há nada para fazer. Deixo aqui a minha tradução. Não sei quem a escreveu, embora seja óbvia a tradição a que pertence.
«Quando Baal Shem Tov tinha algo de extremamente difícil para fazer, ia para a floresta, acendia uma fogueira, rezava uma oração e a tarefa era realizada. Na geração seguinte, quando o seu discípulo tinha uma coisa difícil em mãos, também ia para a floresta. Já não conseguia acender a fogueira, mas rezava a oração, e isso era suficiente. O discípulo seguinte já não conseguia acender a fogueira nem rezar, mas conseguia ir para a floresta, e a coisa era feita. Já na última geração, o rabi sentou-se no trono de ouro do seu castelo e disse: 'Não podemos acender a fogueira, não podemos dizer as orações, não conhecemos o lugar; mas podemos contar a história de como isso era feito'.»
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