Po-ética doze
a dúzia é um número preclaro
sobre o qual nada há a dizer
apenas que raramente nos saldos
fazem doze por centro
desvantagem de ser perfeito
Po-ética treze
sobre este nada a dizer
melhor ir à bruxa
ao curandeiro
se a coisa não desentorta
sofismar até à implosão em noites de estar só
aí vira-se sapo cheio de presunção e costas voltadas para o umbigo
ou então ossos de baleia transviados do curso atlântico
camaleão estático
todos em suspensão num poema de ondas de pequena vaga
no mar doméstico de um banho Maria
pelas mãos de alguém entram uns pés de palavras em barbatanas
como se diz da salsa que tem pés
e semeiam-se : entre talheres pegam de estaca
na mesa velha
com eficácia rigorosa
enfim diálogo com as raízes
f.arom
(continua)
1 comentário:
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