Andam eles nas Escolas, agora, a falar de monotorização e de avaliação. Mudança de paradigma? Modas europeias? Desejo socrático? Num país em que se diz no meu tempo é que era? Daqui a pouco estamos a falar dos velhos do Restelo, como contraponto à deriva da educação. Nisso, eu e o meu pai, não renegamos a herança de Marx. A Escola reproduz. A de antigamente era odiosa. A de hoje, de massas e para gente com massa. A horrível classe média. É de toda a gente, embora formatada para betinhos brancos. A nossa democracia representativa pressupõe a participação. Está quieto que aqui a malta é de exigências. Um médico, uma enfermeira, um prof, uma habitação por cidadão. Está na Constituição. E claro, Viagra para a velhada, com comparticipação, doutra forma erecção só para os ricos. E aqueles, os profs, que deveriam ser o farol da modernidade, que pelintrice! Fazem chás tupperware, vendem livros na sala de convívio, lêem Bolas e Marias, publicitam explicações, inauguram campanhas Yves Rocher e Herbalife, vão a concursos na televisão. Tudo rendido à globalização selvagem, ao mercado. A democracia tem costas largas. Este estado de coisas tem que ver com Inquisição, com salazarismo, com marcelocaetanismo, com cavaquismo, com tratar das vidinhas. Mas porra! Profs! Please! Tomem banho, lavem a trunfa. Sejam exemplares! Não precisam de perfumar os genitais. Ciao.
Josina MacAdam
6 comentários:
Cara Josina,
Compreendo o seu estado de alma ao ver tanta pelintrice nos seus professores. Como as coisas mudaram...Para sobreviver, é preciso 1001 formas engenhosas. Mas olhe que isto não acontece só aos professores.
Quer um conselho? Ingresse numa qualquer Juventude Partidária. Será seguramente melhor investimento que qualquer aquisição de saberes.
A educação só será educação quando for um berço de igualdade.
Há aqui uma confusão nestes contos. Nos primeiros parecia uma mulher, a Josina, a escrever, mas nestes dois últimos parece mais um adulto, um homem, penso que o pai. Porquê? Será que este a raptou? Ela está em perigo? Foi obrigada a usar o véu? Ou não passou de um fetiche machista? Alguém que me esclareça.
Caro anónimo,
Tudo é aparência.
Pensava eu que a liberdade literária permitia a mudança de perspectiva. Enganei-me? E se eu escrevesse um conto ... contado à maneira da minha cadela ou da parede de casa de meus avós? Aumentaria a confusão?
Esclarecido? Sempre pode frequentar um curso de escrita criativa.
Beijinhos.
Josina. Você é um travesti, decisivamente. Só alguém que reage dessa forma tem algo a esconder. Nem sempre a melhor defesa é o ataque e às vezes é melhor estar calada. Agora descaiu-se. Assuma-se e passe a chamar-se Gorretti. É engraçado e tem um charme que dá para os dois lados. Coragem. Tem o meu apoio.
Lilly
Lilly,
Vá dar uma curva!
Travesti era a sua avó e a Lilly até nem se sai mal. Assuma o Gorreti como apelido.
Ciao.
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