
"Em Portugal nada acontece, «não há drama, tudo é intriga e trama», escreveu alguém num graffiti ao longo da parede de uma escadaria de Santa Catarina que desce para o elevador da Bica. Nada acontece, quer dizer, nada se inscreve – na história ou na existência individual, na vida social ou no plano artístico. Talvez por isso os estudos mais sólidos e com maior tradição em Portugal sejam os que se referem ao passado histórico, numa vontade desesperada de inscrever, de registar para dar consistência ao que tende incessantemente a desvanecer-se(...)"
José Gil in ” Portugal, hoje. O medo de existir” (2004)
1 comentário:
Esperar, esperando o trem, sem vintém…
Fazendo a vidinha, esperando que a ceifeira chegue.
Não há sonho, nem utopia.
Nem mesmo velhos do Restelo.
É a vertigem do efémero.
Que civilização!
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