quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Sabe quem é o seu pai? Tem a certeza?

No Reino Unido há cada vez mais pais a descobrirem que afinal os filhos que criaram durante uma vida, não são seus. Esta notícia é revelada hoje no britânico “The Times”.
Esta nova realidade surge graças ao recurso cada vez maior a testes de ADN, depois de algumas surpresas terem surgido no jetset mundial.
De acordo com o “Journal of Epidemiology and Community Health”, nos estudos efectuados revelam que há entre 1% e 30% de pais enganados, mais concretamente, com filhos que não são seus. No entanto, peritos mais cautelosos garantem que a percentagem não é superior a 10%. E 4% dos pais não está interessado em ter em casa um filho que não é seu, revela o estudo da Universidade de Liverpool.
Na origem desta situação está a mudança de costumes e hábitos sexuais, que se acentuou a partir dos anos 60. Várias figuras públicas no Reino Unido e nos EUA já anunciaram recentemente que o filho/a que pensavam ser seu afinal era de outro/a. O debate já está na rua. Nos Estados Unidos existe mesmo um Reality Show sobre este tema. É um programa escabroso, diga-se.

E qual é a situação em Portugal? Poderá este sentimento de orfandade ser a razão desconhecida da nossa depressão colectiva? Por onde anda papai D.Sebastião?

5 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, já há meia duzia de anos li algures que em Portugal a percentagem de filhos de mulheres infieis sem que os maridos soubessem era de 5%.
Uma médica m/ conhecida contou-me um caso durante uma consulta de rotina, mas vendo o pai a amar tanto aquele 'filho', não teve coragem de desfazer aquele amor.

Anónimo disse...

Está sempre tudo a acontecer da melhor maneira.

Anónimo disse...

e na maior parte das vezes são fisicamente parecidos com os "papás"...
Será que o resto conta???

eubozeno disse...

Compreendo que deve ser duro para um pai saber que educou um filho que não fez. Mas não é a educação que torna uma criança em uma pessoa? Quem é o pai? Quem ama e educa. A médica referida no comentário anónimo procedeu bem em não contar. A notícia do The Times talvez torne oportuna a (re)leitura de um pequeno livro intitulado "O que é um pai?" ( Assírio e Alvim, creio).
(e boa aventura blogueira!)

Anónimo disse...

A paternidade é cultural. Que se foda a genética. Os meus filhos são meus porque assim os trato. Aqueles que assumo são meus. Mesmo que tenham a cara do padeiro. Para utilizar uma imagem tonta.
A namorada, os amigos, o cão e o canário, são meus. Era o que faltava que tivessem a mesma herança genética.