quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Um dia na vida de uma superpotência


É quase um lugar comum dizer que uma fotografia vale por mil palavras.
Mas tenho de acrescentar mais algumas, desta vez em forma de perguntas. É que nós temos que saber se podemos continuar a ser sérios nas análises políticas que fazemos neste blog e que envolve uma conhecida superpotência.
Peço a vossa ajuda na interpretação desta imagem. Quanto a mim ela está codificada. Eis algumas questões que de imediato se põem:

·
Porque é que W.Bush está tão compenetrado?
· Porque é que o sujeito na rectaguarda está a sorrir para a objectiva?
·
O fulano de joelhos simboliza o princípio do fim ou o fim do princípio?
· Será esta uma aula baseada na teoria criacionista, em que se exemplifica que tudo começou de joelhos e até atingir a verticalidade?
·
Porque é que o senhor de trás parece ser um adepto tão fervoroso do criacionismo?
· Onde é que estão os seguranças?
· Será esta uma versão light exemplificativa do que se passou na prisão de Abu Ghraib ou
em Guantanamo?
· Porque é que estava lá o fotógrafo?
·
Porque é que o senhor que está à frente e atrás usam óculos e o do meio não?
· Porque é que as mãos do homem que está a proteger a retaguarda do presidente está a agarrar uma cabeça?
·
A Monica Lewinski tem alguma coisa a ver com isto?
· O nome deste filme é: “A vingança serve-se fria, mas a carne está quentinha?”
Aguardam-se sugestões.
PS. Somos contra o anti-americanismo primário.

3 comentários:

Luis Gaspar disse...

O senhor de trás tem um casino ilegal onde o senhor do meio até gastava. O senhor da frente é fiador e tem uma dívida a cobrar. O fotógrafo descubriu-os enquanto saíam da cave onde está alojado a sala de jogo. Claro que o dono disfarça, com um sorriso pató; o jogador finge que não é com ele; o fiador vai-lhe às cuecas se for preciso isso. Parece-me evidente.

Anónimo disse...

O Sr. da esq não se assume gosta de encosto mas protege-se na retaguarda.
O Sr. do meio não consegue resolver a sua tendência e mantem as mãos nos bolsos.
O Sr. da Dta parece estar com dificuldade em encontrar algo.

Anónimo disse...

A propósito de anti-americanismo...

Quando digo "não vejo diferença entre Saddam e Hitler" estou a ser anti-iraquiano? Ou estou a ser anti-germânico? Ou as duas coisas?

O anti-americanismo é um chavão oco! Tipo papão que come quem sofre dessa “irresponsanilidade”.
Pior que o anti-americananismo só o pecado original.
Um anti-americano é um vírus que corrói os alicerces da sociedade e provoca o tenebroso anti-americanismo.

Se não é isto, então alguém que explique o que é anti-americanismo.

É dizer que o Bush é um invertebrado?
É desejar a retirada das forças de ocupação do Iraque?
É querer um fim coerente para a guerra, o que só é possível com a derrota norte-americana (não dos Norte-Americanos)?

A questão é outra.

Se há cada vez mais vozes no mundo que dizem dos americanos aquilo que Maomé não disse do toucinho é porque
a sua politica externa (e interna),
as suas finanças,
a sua economia,
a sua praxis,
estão dirigidas para satisfazer:
a sua apetência pela imposição de uma monocultura,
o seu desejo de trucidar tudo o que é ambientalista, humanista e cosmopolita.

Tudo o que confeccionam é contra os outros e não com os outros:
querem impor o capitalismo selvagem como sistema irrevogável;
querem ditar aos outros uma atitude de reacção feroz à modernidade;
querem com a sua estratégia, com a sua táctica promover o enfraquecimento da luta de classes.

Naturalmente, perante tal futuro, há cada vez mais gente a desejar que todos os americanos reaccionários morram em breve enforcados num candeeiro após julgamento sumário.

Felizmente, pensam os que querem trocar Darwin pelo “Génesis”, têm-se remendado, melhor ou pior, as fissuras que se vão abrindo na barreira que está ininterruptamente a ser construída para suster uma epidemia de anti-americanismo.


Tudo se resume à maneira de ser e estar no mundo:
os fins justificam (todos) os meios
ou são os meios que legitimam os fins.