domingo, 28 de agosto de 2005

Aristóteles e o Governo (conclusão)



Mas conseguimos, no decurso da nossa investigação, encontrar outros conceitos que nos explicarão melhor essa tão difícil questão do governo. Sabemos que o governo tem o seu quê de aristotélico, mas falta-nos ainda a chave teórica para a análise: temos de imaginar o governo como um "cabeçudo" (na foto) rodeado pelas "forças" (na foto). Nesta perspectiva, o governo será como uma Cara, ou mais simplesmente, um Fantasma (Deleuze, Guattari). Vê-se, aliás, pelo exemplo explicativo (na foto), o significado lúdico e terrível do governo. Outros autores garantiram-nos que o governo realmente existe, mas temos todas as razões para desconfiar de tão leviana conclusão. Parece-nos evidente que o governo, a ser imaterialmente, e partindo dos pressupostos abaixo descritos, se deveria dissolver na contingência da Cidade, e deixar a Vida Ser e Ser e Ser para tudo o que pudesse levar maiúsculas. Mas o que vemos é que há uma corrente de Homens que continua à espera do governo de minúscula. Infelizemente, esta atitude não é a mais correcta (vide conformismo, liberalismo, resignação). O Ser do governo está, parece-nos, nos intervalos entre o tijolo e o cimento. E isto assim mais ou menos, porque se fosse a sério...

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