quinta-feira, 12 de abril de 2007

Da poesia militante em Moçambique

Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

É uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão.

Os brancos fodem os negros.
Com grande consentimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.

Todos fodem neste mundo
Os responsaveis da barragem
Fodem ao povo
Até chinezes fodem as nossas florestas.

Militares fodem Generais,
Generais fodem o Ministro da Defesa.
E o presidente da República
Vive fodendo a nação.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E os danados da polícia
Fodem os manifestantes.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.

Autor Desconhecido
(Também pudera, se fosse conhecido, tava fodido !!!) Neste Moçambique imenso

8 comentários:

Armando Rocheteau disse...

E aqui deixo um abraço ao Sérgio S. pela descoberta.

Anónimo disse...

"chinezes" ou "chineses"?

Armando Rocheteau disse...

Caro anónimo:
Publiquei o texto tal como o recebi. Agradeço-lhe a atenção. Não corrijo texto poético.
Abraço

Anónimo disse...

A minha observação também era poética...

FernandoRebelo disse...

Dúvida (metódica)
E os chineses será que fodem à canzana ou à cãsana?...

Anónimo disse...

Se fosse só em Moçambique!!!

Anónimo disse...

Não rima mas é verdade.
A verdade de m. de La Palisse

Anónimo disse...

este "poema " è uma fonte de informaçoes, simples, humanamente Darwiniana.

obrigado para o envio.
Lorenzo