O Partido Socialista acha que dar 490 euros (preço de venda ao público) por cada vacina do HPV a cada bebé do sexo feminino não compensa (as palavras não são estas, mas vai dar tudo ao mesmo).
Afinal, só morrem 350 mulheres por ano de carcinoma de colo do útero. A doença previne-se com a vacina. Há as que não morrem, mas são histerectomizadas.
Comecei há pouco a rotação de Ginecologia - Obstetrícia e, a epidemiologia não perdoa, vi um caso de uma senhora de 46 anos que vai morrer com um carcinoma de colo do útero invasivo. 490 euros (preço de venda ao público) eram demais pela vida da senhora.
(Armando, desculpa lá o desaparecimento, mas o estudo não perdoa)
2 comentários:
Ò M. SALVÉ!
Deixa passar o paternalismo serôdio desta prosápia, mas pelo andar da carruagem ainda acabas por te ver num dilema de solução crucial:
- Confirmas-te como um médico com tudo o que se espera de um médico e investes na privada: mais sofisticação tecnológica, mais condições para o exercício médico, mais competência dos colaboradores: médicos/as, enfermeiros/as e pessoal administrativo e hotelaria de 1ª.
Nas festas e outras confraternizações discutes bola com Ricardo Salgado (patrocina SCP, FCP e SLB e a selecção, deve ser uma sumidade no assunto). Ou então jogas xadrez com o Luís Redondo Lopes, presidente da Tranquilidade, que quando tinha a tua idade (nos anos 60/70) era um jogador cotado.
- Confirmas-te como um médico com tudo o que se espera de um médico e assumes-te como um dos coveiros do Serviço Nacional de Saúde.
Andam a envenená-lo há 20/30 anos e o seu estado de saúde tem-se degradado aceleradamente e agora parece prestes a entrar em coma.
Diversos interesses conjugados andam a fazer-lhe a cama desde que foi criado. Tem sido uma esperteza, perdão, uma estratégia com muitos rabos de palha. Ex.: é preciso construir vias rápidas para todos terem o acesso mais célere aos melhores cuidados de saúde. OK! Mas já não se constrói um hospital há décadas. A Beleza comprou o S. Francisco Xavier, fez-se o Garcia de Orta e o Amadora-Sintra (logo entregue à Mello Saúde).
Entretanto, desde há 10/20 anos que estão prometidos (“porque são urgentes”) p’raí uns dez.
Além disso dada a centralidades e as áreas dos muitos conventos transformados em hospitais (por todo o país há 200 anos, quando Joaquim Aguiar, o “Mata-Frades” expulsou as ordens religiosas)se fossem postos à venda em hasta pública davam tanta maquia como um ou dois fundos gordos da EU.
Tem sido um fartar vilanagem e o grande quiromante Andrios Delfos prevê um futuro muito negro para o sector, para os que nele trabalham e para os excluídos e os desempregados que serão quase os seus únicos pacientes. Também é verdade que serão cada vez mais. Parece, até, que há uma proposta para que sejam entregues às freiras, seguindo o exemplo das antigas misericórdias (e da Madre Teresa de Calcutá).
- Confirmas-te como um médico com tudo o que se espera de um médico e fazes deste dilema um “trilema” e procuras uma 3ª via (vade retro Blair) onde trabalhas no que gostas, segundo os princípios éticos que defendes (o juramento de Hipócrates de Cós tornou-se obsoleto ou uma hipocrisia?), e onde a tua maneira de ser e estar não ameace a cada passo pôr-te a andar sobre brasas bem incandescentes. Como sabes, nem os Psi nem a Sofrologia te safam.
Só se reunires estas condições (necessárias, mas não suficientes) é que andarás minimamente feliz (no sentido de viver a vida), mesmo quando o Benfica for goleado.
Bem, esta chazada é apenas uma tentativa saloia para ver se tu e o Pedro Neves não me põem eunuco se me apanharem deitado numa marquesa, seja lá qual for a idade dela.
A solução correcta tem sido seguida. Privatizar TUDO e aumentar os impostos para pagar aos privados aqueles serviços que antes o Estado providenciava. No fundo o Estado será uma grande companhia de seguros, cobrando módicas taxas mensalmente, para pagar o balúrdio final, quando o carro bate ou o corpo cai doente, por exemplo.
Uma diária de 250 € no novel Hospital da Luz é baratucho. Qualquer aumento do IVA paga isso.
Gostei muito do preçário deles, da tecnologia nave Enterprise e daquele ar de competência férrea.
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