sexta-feira, 9 de março de 2007

A sexdução de Manuel da Silva Ramos

Manuel da Silva Ramos publicou mais um romance visceral onde fala das aventuras do Amor e da miséria libidinal da Lisboa dos anos 2000: O Sol da Meia Noite - Contos para a Juventude, na Edit. D. Quixote. Corram a ler para se libertarem de outra maneira(s)...

Manuel da Silva Ramos não cessa de publicar. E de nos espantar. Escreve com a vertigem da experiência interior mais forte e extravagante. Quem não se lembra da beleza incontornável do seu primeiro romance - " Os três seios de Novélia", publicado aos 20 anos e grande êxito nacional? Depois escolheu o exílio e publicou no correr dos anos mais sete romances, alguns dos quais de parceria com Alface. Conhecemo-nos nas andanças do Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa, e corremos aventuras inolvidáveis em Toulouse, Paris e Frankfurt.

Este novo romance, que vem na sequência do anterior, narra a desconcertante viagem através de Lisboa de um adepto do erotismo e da liberdade mais radicais. Que acaba por ficar prisioneiro de uma norueguesa que ele encontrou com o FAR, aos balcões da Brasileira do Chiado. Seguem-se mais de uma centena de páginas alucinantes sobre as virtudes e os sacrilégios de uma estória sublime e terrível de paixão: " Fascinavam-me as turpitudes de Lisabeth...A sua perversidade...As suas mentiras em elipse... Mal eu virava costas tinha de ter imediatamente um pau enfiado no meio das pernas...". A não perder, pois, como ele escreve: " O Lobo Antunes oculta, Saramago pouco fala e eu desnudo. O quê? As rolas? As toutinegras? As milheiras? Não, o sexo em Portugal ".

FAR

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