M.Yunus
“As pessoas não são pobres por estupidez ou por preguiça. Trabalham todo o dia executando tarefas físicas complexas. São pobres porque as estruturas financeiras do nosso país não têm por vocação ajudá-las a melhorar a sua sorte. É um problema estrutural, não pessoal.”M.Yunus
Nalguma pequena aldeia/cidade onde se pode morrer antes de tempo, por inanição, Muhammad Yunus, soará a muitas dessas vidas como alguém que se não pode remeter à obscuridade, pelo bem que imaginou ser possível realizar e logrou.
Não desconheceremos o seu nome, devido ao Prémio Nobel da Paz de 2006.
No decorrer da semana passada esteve em Lisboa, a realizar uma imperdível conferência:
-“Microcrédito: um contributo para a paz”.
Não sei dizer se lá estiveram motivadamente presentes os nossos importantes economistas, os nossos políticos da praça, os nossos empresários do capital, sei que houve muitas pessoas, (sobravam do recinto), algumas delas ligadas talvez também a serviços humanitários; posso quase garantir que o ouviram com o coração ao alto e lápis mental a tentar compreender o que de essencial quis manifestar aos portugueses e cidadãos de outras paragens, este mestre da inteligência criativa ligada à sensibilidade.
“Vejo o que fazem os bancos tradicionais e faço exactamente o contrário”- por isso, se chama o banqueiro dos pobres, o Grameen Bank (fundado em 1976) empresta sem garantias, nem papeladas, nem medos de perder reembolsos e 97% das pessoas beneficiadas são mulheres, já que segundo a sua apurada observação social são as mulheres que sofrem mais os problemas da fome ao terem sobretudo os seus filhos por alimentar e são também elas o pilar estruturante das famílias nos países em desenvolvimento, em consequência as mais interessadas em terem sucesso nas suas tarefas, para ser ultrapassada a mera sobrevivência.
Actualmente existem muitos bancos réplicas do Grameen Bank em todo o mundo, recorrendo ao seu apoio mais de 100 milhões de pessoas.
"Desde a infância estamos habituados a ver pobres em nosso redor e nunca nos perguntamos por que razão são pobres". M.Yunus
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