domingo, 25 de março de 2007

IV- Presidenciais Francesas:Royal e Sarkozy ombro-a-ombro nas sondagens

Os candidatos mandam fazer sondagens todos os dias, revelou o Canard Enchainè. A de hoje, inserta no Journal du Dimanche, posiciona os dois principais rivais em pé de quase igualdade. Bayrou perde o fôlego...E Le Pen consolida a sua terrífica quarta posição...

Muita para e pouca uva: eis o fatal destino de François Bayrou que não consegue ultrapassar a cota inimaginável dos 22 por cento. Ségolène Royal e Nicolas Sarkozy estão quase numa de igualdade radical, só que na segunda volta o candidato da direita ganha à desconcertante candidata apoiada maioritariamente pelo PS francês. Ainda falta um mês, mas os contornos gerais do escrutínio ganham consistência...

O caso Bayrou, que partiu do baixo score de 6 por cento, continua a fazer correr rios de tintas e a fazer aquecer as meninges. Um reputado politólogo, Dominique Reynié, professor em Sciences-Po., esclarece que os eleitores começam a desconfiar de tanta promessa incarnada pelo líder da UDF, um partido democrata-cristão fundado por Giscard d´Estaing nos anos 70. " E ele apresenta-se como futuro presidente mas sem partido político ", frisa Reynié, que sublinha: "Tinham-lhe dito que o Strauss-Khan, o Delors, o Kouchner iam se passar com armas e bagagens para a sua candidatura. O que resultou foi todos terem ficado com a Ségolène Royal. Mesmo à direita, Borloo e Robien ainda não se declararam... ".

" Existe portanto uma primeira promessa não cumprida por Bayrou. Já existe um cepticismo indiscutível da parte dos seus potenciais eleitores. Porque começam a ver que, ou não tem grande número de pessoas com peso à sua volta, ou que caso seja eleito acabará por constituir um governo de oportunistas. Por outro lado, o seu programa económico e social não sendo apolítico - ele é mais à direita -, pode, por isso, perturbar alguns eleitores que hesitavam em votar nele. Além do mais, como Sarkozy inflectiu à direita a sua campanha, restaurando a clivagem direita-esquerda, o que é prejudicial a Bayrou ".

Se Ségolène alimentava o " sonho " de se casar com Hollande, o pai dos seus quatro filhos, numa piroga nas miríficas praias de Tahiti, onde o Polanski viveu mais de seis meses numa cabana com a Natajja Kinski; as raízes húngaras de Sarkosy foram postas a nú pelo Figaro, clicar aqui, num texto mais ou menos imparcial e eticamente perfeito. " O próximo Presidente da França pode ser húngaro, é a televisão magiar que o apregoa " , corre esta notícia por todos os lares do promissor país.

Os pais de Nicolas nasceram numa aldeia situada no centro da grande planície húngara, a cem quilómetros a leste da capital, Budapeste. Eram filhos de um empresário agrícola possidente e primos de um nobre, cujo castelo foi arrasado pelos comunistas nos anos 60. O Figaro conta uma estória do pai de Nicolas - que abandonou a família e se instalou nos EUA há mais de 40 anos - edificante: Quando há poucos anos revisitaram a aldeia dos seus antepassados, numa reunião que contou com todos os Sarkozy, perguntou à calada pela sua antiga paixão, Eva Szöke, uma das mais belas mulheres do país e que se tinha transformado numa actriz de sucesso ...

FAR

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