Segolène Royal bem tenta o impossível, mas as faltas e lapsos acumulam-se. Não é que foi dizer para o Michel Rocard, a personalidade política francesa de centro-esquerda mais habilitada e reconhecida no Mundo, tentando " lavar " a falta de não o ter convidado para o comité especial de honra da candidatura, que o dito comité de "sages" era só honorífico e, pelo contrário, precisava dele para a argumentação de estratégia económica...A sério. O insuspeito Nouvel Observateur comentava este caso emblemático desta forma:"Rocard ficou mesmo marri ( jargão: desolado) ". O que parece é que, os amigos tecnocratas de Rocky, apoiam discretamente Bayrou... que é de direita humanista e não tem os tiques autoritários de Nicolas Sarkosy. Só que era lindo ver a Ség. Royal como Pr., num país tão machista como a França.
Entretanto, Villepin apoiou hoje Nicolas, depois de meses de suspense e de reviravoltas espectaculares. Lembram-se do falso testemunho inventado pelo The Economist/ Financial Times? O PM francês, que pode vir a ser embaixador em Washington ou candidato à Mairie de Paris, esperou pelo início da retirada de Jacques Chirac para anunciar o seu apoio a Sarkozy, gabando-lhe o nervo e a experiência para ocupar a cadeira de PR... Em cima da mesa analítica, estão dossiers escaldantes de uma rivalidade ensurdecedora entre os dois tops do executivo francês.
Por fim, sobre a candidatura de François Bayrou, um cristão-democrata rural dos Pirenéus, o The Guardian esboçou este photomaton:" Como é que pode acontecer que os franceses elejam Bayrou que consideram mole?...Muito simplesmente porque metade destestam visceralmente Sarkozy e a outra ainda não compreendeu muito bem o que é que a Ségo deseja fazer...". O mundo gira e a França espanta-nos...
FAR
2 comentários:
Esses americanos são mesmo muito espertos, como já lhes tinha acontecido em relação ao Iraque. Mais valia que atravessassem o Atlântico para se darem conta de certas realidades, entre os Pirineus e o Reno.
Ainda bem que temos os Americanos para nos explicarem essas coisas da política francesa... !!!! Talvez seja contudo menos difícil entender o que pode levar os franceses a votar em Bayrou do que o porquê dos Americanos terem elegido o Bush!
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