domingo, 3 de setembro de 2006

Ségolène, Sarkosy: igual indefinição sob uma estratégia musculada

O artigo de Éric Le Boucher abre o novo ano político-eleitoral francês. Dois candidatos agigantam-se e causam profundas e dolorosas divisões na Direita e na Esquerda francesas: Nicolas Sarkosy e Ségolene Royal. Lionel Jospin hesita em avançar, se bem que os seus mais próximos amigos estejam, de há muito, na corrida à investidura pelo PS gaulês.Como é o caso de Dominique Strauss-Khan e de Jack Lang.

Martine Aubry, a fogosa filha de Jacques Delors, parece inclinar-se para a solução Jospin, porque considera " fraquérrima " a companheira do actual líder dos socialistas, Ségolene Royal . O busílis da questão é que Madame Royal acopulou as novas tendências do partido e, com a ajuda de Jacques Séguèla, lidera todas as sondagens, de há meio ano a esta parte . Eric Le Boucher comenta isto tudo.Frisa que o populismo e demagogia dos dois mais premiados candidatos a candidatos demonstra, ao vivo, a desagregação/ ruína do modelo francês.

" Foi preciso sem dúvida que o " modelo francês " atravesse um avançado estado de decomposição para que no país de Descartes, dos jardins talhados à francesa, da argumentação em três pontos, da Politécnica e da E.N.A.,se corte com o tipo desse género de bons alunos para nos pronunciarmos, pelo contrário, não por duas composiçõs bem estruturadas,, mas , sim, por duas personalidades que se caracterizam quer pela sua coragem,vontade, habilidade e novidade, portanto, como também pela sua indefinição e zigzaguear" , revela o economista de serviço do Le Monde.

Há entre ele, Sarkosy, e Ségolène Royal, "um primeiro terreno comum : os valores suplantam as ideias.Nem um nem o outro são intelectualmente dotados para ter um discurso consistente sobre a evolução do capitalismo, da arte, ou das relações entre a ciência e a filosofia. Nada disso. Mas ambos querem regressar ao que apelidam de " verdadeiros valores" : uma sociedade ordenada, a autoridade, o respeito, o mérito, o esforço, o trabalho e a firmeza ". Todo um programa que desperta sentimentos contraditórios e populismo q.b. Eric Le Boucher diz que Ségolène anda já a pescar nas águas da extrema-esquerda, ela que começou por se declarar " blairista " por causa da afinidade de valores e moral com o PM inglês. A ver vamos.

FAR

ChroniqueSégo, Sarko : trop flou, trop plein, pareil, par Eric Le Boucher

LE MONDE 02.09.06 Nicolas Sarkozy a déploré cette semaine le vide des propos de Ségolène Royal. Au PS, à La Rochelle, d'autres ont critiqué le trop flou de ses discours, leur "grande généralité". Ils ont tort. Ségolène Royal porte en elle quelques idées, simples, plutôt des valeurs, fortes, qui sont en vérité très proches de celles de Nicolas Sarkozy, et c'est sans doute pourquoi il commence à l'attaquer si tôt.
Leia artigo integral em //www.lemonde.fr/web/article/0,1-0@2-3232,36-808838,0.html

2 comentários:

Anónimo disse...

Regressei ao exilio ... dourado. A Suica parece cloformizada. E a Alemanha retoma o curso normal depois das ferias e da barbara invasao e destruicao do Libano. Em Lisboa, pude comprovar a tese da iminente " bolha " imobiliaria", que pode fazer mossas profundas na rede fraca bancaria lusitana. A nao ser que, como se pode prever, queiram albergar novos contingentes de refugiados de africas & americas. Bom regresso e muitas leituras para combater os sendeiros da intriga e do bota-abaixismo domestico.FAR

Anónimo disse...

hi,hi,hi ;-)