
Posso ter fixado o que é busca pelo olhar, parado já de si no momento que o ocupa, nos instantes das viagens. Existe-se nas deslocações. É-me inevitável esse amor, sem ainda nada me ter confessado sobre as entranhas dessa precisão de outro ar, se porque me tornei nalgum arbusto arrancado se porque haverá efemeridade mesmo no chão próprio. No capricho das lágrimas em rosto quase infantil, tudo por não saber usar as mãos inteiras para o adeus, antecipava funções. Ainda a vejo sobre a água pintada de lulas, dedos cor de terra a des-saciá-las de vida, ainda a noto a perturbar-lhes a imobilidade ganha por destino, enquanto as agita em lavagem a continuar-lhes o suposto natural movimento, sem lhes dar descanso. Colada em pressão abdominal ao lava-loiças antigo, em semblante baixo visita esfacelamentos, escuras doces mãos sem perseguirem a razão da tristeza. Fungava só. A minha irmã!!
Gabriela Ludovice
1 comentário:
Gabriela.
Para não morrermos de comiseração, fala-nos e mostra-nos as jovens da Ilha de Luanda.
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