sábado, 23 de setembro de 2006

Como?


A mão, que se move automaticamente
Enquanto o corpo fala
O gesto, repete, mecanismo
Aprendido à ponta da escola
O lugar, à esquerda do patrão
Nas cadeiras da evolução
Um ou outro criarão tempo
Assassino de outro tempo onde
A minha mão ainda não era
E eu não sabia o suficiente
Se não se pára, essa é outra questão
E outra vez, ainda uma palavra
O borrão, a linha ácida
A vergoha do meu poema é
A necessidade do meu poema
Eu, poema, a palavra no meio
Destruir a palavra? Como?

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei André!!