sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Irmãos Cohn-Bendit apoiam Ségolène Royal através de tribuna impressa no Le Monde

E´ uma dupla infernal: " pilharam " o livro(s) de Castoriadis e, no post Mai 68,
fizeram um best-seller mundial. Tornaram-se alternativos e criaram a livraria -creche e ´república` Karl Marx, em Frankfurt nos anos 80. Depois de terem muito meditado, começaram a rentabilizar o capital mediático-político e conquistaram o partido dos Verdes de Joscha Fischer. Estiveram sempre do lado dos vencedores. Gabriel foi uns tempos professor de escola em França e acaba de aderir ao PS. Cohn-Bendit, eleito pelos ecologistas franceses, recusou ser ministro de Schröder; e é, hoje, lider dos Verdes da UE 25 no Parlamento Europeu. Como dizia o outro , não existem maus rapazes...

Como é que os manos - e na política europeia há poucos casos - chegaram até aqui? Vejamos. Forçados a escrever um artigo no Monde, no início da rentrèe? Ambição pura? Conhecimento da fraqueza congénita dos candidatos a candidato do PSF na corrida ao Eliseu, ao poder político mais concentrado da Europa dos 25? Desejo de se porem em bicos de pés a bradarem alto e bom som pelo nome e programa de Ségolène? Tudo isso junto realiza uma arte combinatória. De grande sageza e com objectivos inconfessáveis. Será desta que Daniel Cohn-Bendit vai para ministro do Interior para nomear o seu irmão Gabriel Prefeito da Normandia? Esperemos para ver. E sobretudo, como diz o Dany-le-Rouge, que tensão ainda tomará o frenesi"?!?. Justamente, a política da hora elegeu esta palavra-mala como ditirâmbica: Sarkosy foi frenético na Casa Branca com Bush ontem, os ataques machistas contra Ségolène são... frenéticos.

Jospin, o eterno looser presidencial, parece ter forçado a mão ao companheiro de Ségoléne e líder do PSF, François Hollande. Queria ter sido " escolhido " pelo líder. Para evitar que Hollande seja crucificado pela vitória ou derrota da sua companheira e mãe dos quatro filhotes de ambos. Jospin avistou-se também com os três candidatos restantes e avançou com promessas miríficas para desistirem. A grande novidade, segundo li no Canard, é que Michel Rocard, o mais emblemático dos socialistas franceses do século, mostra-se, cada vez mais, seduzido pelo estilo Ségolène. O não seja ele um indefectível de Jacques Seguella, o grande comunicador, que apostou tudo na madame Royal.

O artigo dos manos Cohn-Bendit exulta e subentende toda esta lógica perversa e diabólica da política politiqueira. Feita às mil maravilhas pelos antigos críticos e ferozes contestatários." Ségoléne nunca jamais atacou os seus rivais", na corrida à investidura. Os candidatos machos não a pouparam, " e não se criticaram entre si", alertam. Mesmo Martine Aubry, a fogosa filha belíssima de Delors e grande ambiciosa, atacou", de forma machista", segundo os manos, Ségolène :

Anunciando que Jacques Attali, será o guru da candidatura Ségolène, os manos Bendit dizem que a apoiam também. E Justificam em prosa bem batida e redonda: " Ela é a única
para responder a uma necessidade profunda da sociedade francesa: a transformação da função presidencial. Com efeito, ela é a única a incarnar essa necessidade de se ter uma presidência-cidadania à escuta da sociedade e capaz de mobilizar as inteligências colectivas para o bem do maior número ". Depois, no parágrafo seguinte, oferecem-se para a ajudar...

FAR

Ler mais no Le Monde de 15/9/2006

7 comentários:

Anónimo disse...

Filhos de judeus alemães, nascidos em França, encarnam do melhor que há da política francesa, o oportunismo e o cinísmo. Nunca deviam ter nascido para a política, mas para trabalharem num kibutz, de preferência perto de uma qualquer fronteira muito instável de Israel.

Anónimo disse...

Por quê jogar no anonimato?!? Porquê, Santos e bárbaros deuses?!?
Estamos a assitir à derrocada de todas as mirifícas teorias do post-post Cold War, Bush perde em todos os tabuleiros, os manos Cohn-Bendit fazem pela rica vidinha e vós... a escreverdes anónimamente. Nao pode ser, de forma alguma. Medo de quê e de quem: revoltem-se escravos da vossa malfadada cobardia e mediocridade. FAR

Anónimo disse...

FAR, que tal um banho de água fria? Fazia-lhe muito bem. Aparenta estar muito enervado, e quem perde com comentários ás "cegas" é você. Gostei do "escreverdes" é uma relíquia bem beirã, mais própriamente da beira-alta. Que tal um fuminho? Pode ajudar muito, se fôr de boa qualidade.

Anónimo disse...

Tudo, tudo, mesmo tudo... menos ignorancia mascarada e blindada no conforto do anonimato. Arriverdeci. FAR

Anónimo disse...

FAR, não me lixe com o anonimato. Esqueça a identidade. Discuta as ídeias, os conteúdos. Be brave...

Anónimo disse...

Mais Anonymous said... Anonymous said... Anonymous said... Anonimos não se misturem com quem tem nome, já lá vai o tempo.
Jose S.

Anónimo disse...

Eu sou bastardo. Não tenho nome.
Posso falar?
Desculpem lá qualquer coisinha...