quinta-feira, 27 de julho de 2006

"Ofensiva militar prepara terreno para os políticos"

Antigo responsável da Mossad ao "Libération":
"Ofensiva militar prepara terreno para os políticos"

Analistas políticos do NY Times entendem que Israel está condenada a prazo se persistir numa política de terra queimada permanente e obsessiva


Hoje, no Libération, foi publicada uma importante entrevista com um antigo conselheiro militar de Yitzhak Rabin e actual membro do Comité da Defesa Nacional no Parlamento israelita. As declarações do responsável sionista aportam alguns itens de novidade, no contexto " gelatinoso " da luta informativa mundial. Ninguém sabe do real valor dos exércitos sírio ou iraniano. Correm rumores que estão mal equipados com peças vetustas dos arsenais reciclados russo, chinês e norte-coreano. Por outro lado, ainda não está bem esclarecido o "sinal verde" dado pelos americanos para o início da resposta sionista.

A tese de maior consistência sobre a eclosão do actual conflito prende-se, efectivamente, com a " provocação ", montada pelos serviços secretos ocidentais em conluio com os israelitas, que obrigaram as milícias do Hezbollah a atacarem Israel em múltiplas frentes. Há analistas que afirmam que Israel " está condenado a perder", a prazo. E que por cada islâmico preso ou morto, se erguerão novos e em maior quantidade. Ao mesmo tempo, dilata-se no tempo o início consistente de um verdadeiro processo de paz construtivo e equitativo: em cruel perspectiva, novo ciclo de mais 15 a 20 anos de progressos e constrangimentos sanguinários.

O antigo conselheiro de Rabin, desvenda sem hesitar, que os " EUA estão longe de forçar o fim das hostilidades". " " Estão a dar tempo aos israelitas ", frisa. E acrescenta: " E nós dissemos-lhe que precisávamos de ainda duas semanas para continuar a enfraquecer o Hezbollah ". E ainda é mais preciso: " Rice já deve ter testado o que é que os Libaneses e os Palestinianos podem aceitar quando chegarmos ao fim das hostilidades " , adiantando sem pestanejar que, " quando a ofensiva militar terminar, os políticos iniciarão conversações".

O antigo agente do Mossad mostra-se, por outro lado, convicto que " é impossível aniquilar o Hezbollah", apesar de Israel ter o exército mais " moderno do Mundo ". Ao mesmo tempo, preconiza a implantação de uma força militar multinacional aceite " pelas duas partes " em confronto. " Pode ser uma força internacional sob a égide da NATO e que prepare o terreno para a instalação do exército libanês ", reitera.

FAR

Ler o artigo do Libération
aqui

1 comentário:

Anónimo disse...

Looks nice! Awesome content. Good job guys.
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