domingo, 16 de julho de 2006

Espelho do Invisível

Loucos nascemos e a pouco e pouco
filtramos esta luz que nos inspira.
Depois é gastar a vida inteira
neste equilíbrio sobre a fauce hiante.

Crisálidas somos de que mundo
oculto e auroral, aonde os finos
liames nos sustêm? Não, não somos
a forma, a aparência, mas a essência

de algo que se elide em nossas mãos
ávidas da aresta dos objectos.
Somos o que a alma sabe, apenas

uma força, um fluido, uma presença
alta e cintilante entre os punhais,
um rumor de luz informe e alado.

José Terra

2 comentários:

Anónimo disse...

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