sexta-feira, 7 de julho de 2006

Contos do Verão .1

Tão amigos que nós éramos. E penso que todos nós sabíamos como tudo ia acabar. Não era a primeira paixão. Para essa tem-se desculpa nas que lhe sucedem. E a vida faz-se desses encontros e desencontros. Saudades de ter Freud, Nietzsche e Marx sentados à mesa em cavaqueira, não amena, mas frutuosa. De ter começado a conversa em Descartes e acabado no Blade Runner. De começarmos nos gregos e acabarmos no Rumble Fish. De discutirmos tudo. E, depois cresce-se. Talvez não se apareça. Que importa? A velhice é para mim: “Tou no Verão, vou ter tesão”.

Josina MacAdam

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