De uma poesia esperam
tanta cousa!
E logo desesperam,
se não ousa.
Mas a poesia nada tem com isso.
Ela não diz nem faz,
nem está sequer ao teu ou meu serviço.
Serão visões da paz.
aquilo que ela traz :
mas quanta guerra para falar nisso!
Uma só coisa ela terá, se for
( e espera ou desespera,
conforme o meu, o teu, o nosso amor):
Inverno ou Primavera,
E sempre uma outra dor.
Jorge de Sena
1 comentário:
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