quinta-feira, 13 de julho de 2006

Desenvolvimento sustentável evitará guerra pelos recursos em 2050

O Círculo dos Economistas franceses recomenda o nuclear apurado e
a gestão racional e democrática da água, do solo e dos hidrocarbonetos

Os economistas franceses estiveram reunidos em conclave na Côte d´Azur. E lançaram apelos lancinantes para uma melhor estratégia de gestão, partilha e consumo dos bens energéticos essenciais existentes à face da terra. O atraso económico e social de grande parte da população mundial vive num cruel e duplo dilema: ou gasta sem rei nem roque a água, o petróleo e as terras aráveis que explora em fraco rendimento, ou por insuficiência tecnica e de mentalidade invalida a gestão racional e programada dos recursos. A água,o petróleo e os solos aráveis vão sofrer uma pressão fortíssima de exploração nos próximos 35 anos. O potencial de reservas é mais do que suficiente; mas, para evitar a catástrofe da fome e da sede, urge desenvolver programas sociais de grande alcance e qualificar as técnicas de exploração, gestão e conservação. Toda uma verdadeira revolução,convenhamos. Segundo dados avançados no conclave: dos 35 mil milhões de metros cúbicos de água existentes no planeta, só 1/7 são gastos. Quando se sabe dos contornos dilemáticos da falta de água em Africa, na Asia do Sul e na América Latina...Existe alguma coisa de errado e de alta manipulação política na gestão destes dossiers ultra sensíveis. Por outro lado, os economistas recomendam aos governos que invistam os impostos do petróleo na pesquisa e desenvolvimento de novas formas de extracção, transporte e consumo. Um exemplo entre muitos: as areias betuminosas do Canadá parece reterem reservas petrolíferas de valor igual às da Arábia Saudita. O que é preciso é investir na técnica e desenvolver programas aturados de reciclagem e inovação energética também para o sol e o vento. A síntese do Círculo dos Economistas realça: " A resposta às novas carências não implica renunciar ao crescimento, antes pelo contrário. Impõe isso sim aceitar a renovação da oferta energética nuclear e o desenvolvimento das OGM. Supõe também a alteração profunda dos usos de consumo dos países desenvolvidos, o progresso das formas de distribuição e, sobretudo, uma refundação dos modos de cooperação mundiais ". Tudo isto foi ventilado por dois jornalistas do Le Monde, Eric Le Boucher e F. Lemaitre, num artigo da edição de hoje.


FAR

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Analyse
Fausses et vraies ressources rares, par Eric Le Boucher et Frédéric Lemaître

Em LE MONDE | 12.07.06 | 13h59

La hausse du prix du pétrole a redonné conscience de la rareté des ressources de la planète. La demande mondiale de matières premières, accélérée par le développement des pays à forte démographie comme la Chine, croît à un rythme qui la fera rapidement entrer en collusion avec une offre en quantité finie. C'est vrai pour le pétrole, mais aussi pour toutes les matières premières, pour l'eau, la terre arable et même des biens que l'on commence à cesser de considérer comme inépuisables à l'instar de l'air pur. "Un monde de ressources rares", c'est sur ce thème qu'étaient organisées les rencontres d'Aix-en-Provence, du 7 au 9 juillet, par le Cercle des économistes.

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