Politólogo libanês ao" Libération ":
" Hezbollah só pode ser vencido se mudar regime
político em Damasco "
Belo trabalho jornalístico dos enviados do "Libération" ao Líbano e Jerusalém. Depois da sucinta e reveladora entrevista com um antigo homem forte do Mossad, o jornal esquerdista não marxista, escutou em Beirute um sociólogo e politólogo, Melhem Chaoul, sobre o jogo louco das relações entre as principais comunidades confessionais libanesas: sunitas, xiitas, drusos, facções católicas e aluítas sírios. Como vemos, é muita coisa e para serem instrumentalizadas, isso custa muito dinheiro.
Três pontos fortes da entrevista. 1). Os xiitas são um bloco e defendem com unhas e dentes a iniciativa militar do Hezbollah. " Apoio forte no combate", sublinha o especialista do ICS de Beirute. Os sunitas culpabilizam os aluítas sírios, no poder em Damasco pelo assassinato de Rafic Hariri, e apontam para a instrumentalização do Hezbollah pelos sírios.
2). Há muitas inquietações na comunidade sunita, dirigida pelo filho de Hariri, por causa da instalação no centro de Beirute de muitos comerciantes e funcionários de obediência chiita, " o que pode alterar a relação de forças intracomunitária da cidade ". O que quer dizer, que a comunidade xiita começou a ocupar zonas vitais tradicionalmente identificadas com os sunitas. Os sunitas lamentam a destruição de Beirute, que tinha sido reconstruída por Rafic Hariri. 3) Os cristãos estão contra a guerra e, não sendo contra o Hezbollah e o Irão, constatam a ambição da Síria em querer regressar ao Líbano. " Se ela voltar, está tudo perdido", dizem.
" Estrategicamente, o Hezbollah só poderá ser vencido se se realizar uma mudança de regime político em Damasco. A Síria, é ao mesmo tempo, um elo forte e fraco. Se cai, o dispositivo do Hezbollah desmantela-se. Forte: é sobre ele que está montada toda a política do Irão na região ".
FAR
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1 comentário:
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