terça-feira, 31 de outubro de 2006

Brasil: Lula ganhou mas não pode descansar

O NY Times não aposta numa viragem populista à Chavez na maior democracia da América do Sul. Mas tudo vai depender do crescimento económico...

Lula ganhou/ bisou sem contestação a reeleição para PR da República Federativa do Brasil. Com mais de 60 por cento dos votos escrutinados. A campanha foi muito feia e os últimos ataques da direita prolongam-se nos média afectos ao grande capital carioca. Desde Maio de 2005, que a anterior presidência de Lula da Silva tinha sido causticada por uma série pantagruélica de escândalos político-financeiros envolvendo somas colossais.

Poder, Corrupção e Demissão de alguns dos principais dirigentes do partido presidencial, PT, esfriaram e tornaram muito crítica a posição do líder e PR. Os sucessivos processos de destituição accionados pelos partidos da Oposição ainda seguem o seu curso normal.

O jornalista do NYT enviado ao Rio de Janeiro entrevistou três politólogos e o próprio presidente do Tribunal Eleitoral. O que se sabe, e a gíria apelida de terceiro round das eleições presidenciais, é que Lula da Silva pode ser julgado antes de tomar de novo posse como PR em Brasília.

De qualquer das formas, Lula tem pela frente ciclópicos trabalhos a realizar: desfazer o possesso vigor da Oposição em o querer destituir; modernizar e qualificar o plantel de quadros, gestores e estrategas da equipe presidencial a preparar; e, last but not the least, começar a preparar o elenco do futuro Governo. Ventila-se a hipótese de Delfim Neto, o pai do milagre económico brasileiros dos anos 70 da Ditadura, vir a ser chamado para ocupar a pasta da Economia.

" Duas expressões foram incorporadas no vocabulário do petismo (PT): uma é " privataria", para designar as privatizações. E a outra é " andar de cima/ andar de baixo", para definir o arranca-rabo de classes revisto à luz dos elevadores Atlas ", escrevia ontem no seu demolidor blogue, Reinaldo Azevedo, agora inserto na Veja-On Line.

FAR

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