





Jantar em casa do José Cabral, em Maputo.
Posted by José Pinto Sá
M a p u t o, 17.02.2006Vários muçulmanos moçambicanos manifestaram-se sexta-feira contra a publicação das caricaturas do profeta Maomé no jornal moçambicano Savana, em Maputo. Este protesto inédito em Moçambique, surgiu depois da edição de sexta-feira do semanário ter saído para as bancas e vendas de rua, e muitos muçulmanos se terem confrontado com as polémicas caricaturas nas páginas do jornal. Os desenhos indignaram os sectores mais conservadores e radicais islâmicos da capital moçambicana.
Durante três horas, vários responsáveis da comunidade muçulmana e seus apoiantes, concentraram-se junto às instalações do semanário, para mostrar o seu desagrado pela reprodução dos cartoons. Alguns acabaram por provocar distúrbios, partindo vidros e vasos no pátio do jornal.
O director do jornal, Kok Nam, disse aos líderes muçulmanos que "se quiserem que nós peçamos desculpas tudo bem, pedimos desculpas, mas isso é um acto forçado". No entanto, os líderes muçulmanos presentes no encontro anunciaram de imediato o cancelamento de publicidade no jornal. Não houve de actos de violência a registar.
As caricaturas de Maomé foram publicadas em Setembro passado pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, mas só nos finais de Janeiro é que a polémica se espalhou nos países árabe e na comunidade islâmica um pouco por todo o mundo.

É o maior evento de sempre deste movimento cultural brasileiro. Foi inaugurado ontem, quinta-feira, no cultural Barbican Centre, em Londres. Vai durar até 22 de Maio. Durante três meses, no Festival Tropicália vão acontecer vários concertos, filmes, conferências e exposições de artes plásticas.
Não percebo a altitude dos governos ocidentais de se armarem em virgens ofendidas quando o Irão quer por em causa o holocausto. Parece ser um assunto tabu. Não os perturba as guerras religiosas que se travam em diversas partes do mundo, não se sentiram chocados quando se deu o genocídio do Ruanda, em que morreram cerca de um milhão de pessoas, não se incomodam com os milhões de mortos no Sudão, na Libéria, no Haiti, e num sem número de locais em todo o mundo. Mas quando se questiona o holocausto, alto e pára o baile. Assunto intocável. Deve haver mais levantamentos, estudos, análises, estatísticas sobre o holocausto do que muitas guerras passadas, presentes e que ainda estarão para acontecer. Desmontar argumentos que o põem em causa parece não oferecer grandes problemas.
"Escrever, é entrar, é penetrar na fonte branca ...."
O filme moçambicano “O Grande Bazar” recebeu o troféu de prata na secção de ficção, no 19º Festival Internacional de Programas Audiovisuais que se realizou em Biarritz, no sul da França. Realizado pelo cineasta Licínio de Azevedo, a película esteve em competição com mais de 2000 filmes, provenientes de 36 países. Quando, há três anos, o mesmo realizador se apresentou no Festival com “Desobediência”, tornou-se no primeiro filme africano a ser seleccionado para o certame.
A 14 de Fevereiro de 1989, faz portanto hoje 17 anos, o escritor britânico de origem indiana Salman Rushdie foi condenado à morte pelo Ayatollah Khomeiny. O líder iraniano da época considerou que a sua mais recente obra "Os Versículos Satânicos" era blasfema e contrária aos princípios religiosos do Islão. Foi um indício bem visível do novo fundamentalismo islâmico, iniciado com a tomada do poder pelos mullahs e ayatollahs no Irão, algum tempo antes.
É notória a manipulação política que existe nesta crise dos cartoons, não só pelo lado dos europeus mas também pelo lado dos árabes.
é fundamental porque pode colocar conquistas históricas em causa. É importante relembrar que há valores fundamentais que há séculos estão profundamente entranhados na cultura dos diversos povos europeus.
Nesses Tribunais do Santo Ofício bem tentaram travar os ventos da história, mas a liberdade também estava a passar por ali. 


Era uma oportunidade que a extrema-direita não queria perder, como era previsível. Os confrontos de ontem na Dinamarca, originados devido à polémica das caricaturas, foram a prova disso. E a grande preocupação do Governo e da polícia foi para que não fossem queimados exemplares do Corão, o livro sagrado muçulmano, como relata The Copenhagen Post. O Islam on-line também dá conta da preocupação dos muçulmanos dinamarqueses e dos vários avisos que fizeram. O francês Le Monde revela a apreensão de Bruxelas e dos principais governos europeus pelo desenrolar desta situação. Os líderes da europa dos 25 condenam todos os activistas que queiram denegrir qualquer religião, de maneira ofensiva.









“Os fundamentalismos religiosos levam a estas situações dogmáticas, que não são aceitáveis”
“Munich”, de Steven Spielberg
“Walk the Line”, de James Mangold
Por duas vezes o jornal dinamarquês Jyllands-Posten foi ameaçado à bomba por um grupo muçulmano, revoltado com as caricaturas do profeta Maomé publicadas no diário. Os muçulmanos não gostaram não só do conteúdo crítico mas também se indignaram por considerarem que o Islão proibe representações de Maomé. Face a esta atitude radical, vários jornais alemães e franceses decidiram publicar as caricaturas, considerando que está em causa a liberdade de expressão. O jornal alemão Welt publicou uma das caricaturas com o argumento que “o direito à blasfémia” assenta nas liberdades democráticas. E considera que as caricaturas são inofensivas. Uma das caricaturas do Jyllands-Posten foi também ontem manchete do francês France Soir: “sim, nós temos o direito de caricaturar Deus”, e publica as restantes caricaturas nas páginas interiores. Face a esta atitude, o proprietário do France-Soir, Raymond Lakah, um francês de origem egípcia, despediu hoje o director Jacques Lefranc por ter decidido a sua publicação. As primeiras reacções de indignação já se fizeram ouvir e a controvérsia promete continuar. Há pouco, dois grupos armados palestinianos já consideraram qualquer cidadão da Dinamarca, França e Noruega que esteja na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia como um "alvo". E a coisa promete não ficar por aqui.
Depois do fundamental "Dear Catastrophe Waitress", os Belle & Sebastian lançam agora o seu novo álbum "The Life Pursuit". A banda indie das terras altas e ventosas da Escócia, de som doce e sussurrante, apresenta-se agora com um sonoridade mais afirmativa, mantendo no entanto o perfil que a caracterizou desde que a sua estreia, em 1996.
Wolfgang Amadeus Mozart - Cosi fan tutte (1789-90)
Mozart nasceu em 1756 e comemoram-se agora os seus 250 anos. O programa de festas é grande e há que aproveitar o máximo. É um dos músicos mais geniais de sempre. Quem gosta deste género de música, sabe que tudo é bom em Mozart. A harmonia, a beleza e o romantismo das suas composições são inconfundíveis. A minha proposta vai para uma ópera. "Cosi fan tutte" foi composta entre 1789 e 1790 e, juntamente com "As Bodas de Fígaro" e "Don Giovanni", faz parte da trilogia feita com o libretista, ex-padre e libertino Lorenzo da Ponte. O tema da ópera são as mulheres e a sua inconstância quanto à fidelidade conjugal. A sua apresentação gerou um forte escândalo naquele tempo e só regressou aos palcos já em pleno século XX. A sua audição combina bem com um cognac ou aguardente velha, numa noite fria.
Como nossos pais