sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Histórias (quase) verídicas com dois finais possiveis (1)

Maria, uma adolescente de 16 anos, engravidou do namorado, Manuel. Num dia de bebedeira em que não tinham preservativo, descontrolaram-se,e fizeram amor sem protecção. Maria teve azar: engravidou. No 11º ano, cheia de planos para o futuro, esse filho que trazia no ventre iria ser um marco na sua vida: o fim dos verdes anos, da ingenuidade e esperança da adolescencia, de muitas das noitadas. Mas Maria decidiu que queria ter o filho. O problema é que Manuel não queria. Não parava de a pressionar para abortar. Tanto que Maria deixou de gostar dele, e acabou o relacionamento cheia de mágoa e raiva por quem não sentia como ela o filho que carregava, e não respeitava a sua decisão. Confusa, contou à mãe. Esta, após o choque, falou com o marido. Ambos concordaram: ela era nova demais. Tinha de abortar. Ao saber disto, Maria explodiu: que não, queria ter, ela é que sabia. Quanto mais argumentava, mais os pais se convenciam que o seu sentimento não era mais que a prova da sua imaturidade. O ex-namorado não parava de lhe ligar, os pais berravam com ela, ameaçaram-na de deixar de a sustentar, e acabava-se a escola, o futuro sonhado como advogada. Mesmo as melhores amigas lhe diziam que era muito nova, que o melhor era abortar. Até que Maria cedeu.
Numa manhã de chuva, limpou as lágrimas da noite em claro, e saiu de casa.

(agora escolha você o final, com o seu voto no dia 11):

Hipótese A- Entrou num apartamento em Loures, onde a esperava uma senhora de meia-idade. Esta dirigiu-a para um quarto, deitou-a na cama, e disse-lhe:
- Abra as pernas.

Hipótese B- Entrou no Hospital de Santa Maria, dirigiu-se à obstetricia, onde a esperava uma médica de meia-idade. Esta pediu-lhe que se sentasse, olhou para a ficha e disse:
- Tem a certeza que quer mesmo abortar?

4 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Nesta escolha, como macho latino clássico não posso deixar de ser pelo "abrir as pernas" sempre.

lb disse...

Brilhante!
Um post para o Blogue do Sim!

Anónimo disse...

E a responsabilidade do macho, que afinal contribuiu também para a situação, como é considerada?

Anónimo disse...

E a responsabilidade do clássico macho latino, para o acontecimwnto, não tem que ser tida em conta?