quinta-feira, 15 de maio de 2008

Rússia: Medvedev cercado por homens-de-mão de Putin


O preço do petróleo aumenta, a administração GW Bush entrou em estado de coma e Poutin " destaca", é o termo, alguns dos seus mais fiéis ajudantes de campo para " ensinar " o novo PR, Dmitry Medvedev, a governar. Este tríplice geopolítico telescopeia-se no golpe da facção pró-iraniana do Hezbollah no Líbano, que desencadeou uma séria advertência das autoridades sauditas, de intenções mais que suspeitas.Se a subida do preço do petróleo contou com a ajuda das previsões do FMI, onde se projecta uma nova e misteriosa lógica da relação oferta/procura, a blindagem do poder executivo na Rússia pode deixar antever um prelúdio de crise, a que T. Friedman, de novo a escrever no NY Times, formula pelo uso da aterradora sigla de " A nova guerra fria ".
Poutin, o novo czar bilionário da Rússia, abalançou-se a destacar quatro antigos ajudantes de alto nível para colaborarem com o novo PR. Já se sabia que Medvedev era manipulado, mas a este ponto ninguém o imaginava. O chefe da nova administração presidencial, Sergei Naryshkin, antigo ministro sem pasta, natural de St-Petersbourg, a cidade de Poutin, não confirma nem demente o seu tirocínio no ex-KGB. O conselheiro especial do novo PR, Leonid Reiman, antigo ministro das Telecomunicações, é natural também de St. Petersbourg. Mikhail Zurabov, antigo ministro da Saúde, coadjuva o anterior.
Outros homens-de-mão muito especiais de Putin envolvem este controlo quase total do Kremlin.
Mais este trio, vejamos. Vladislav Surkov, o ideólogo do regime, continua. O secretário de Imprensa do antigo PR, Alexei Gromov, foi reconfirmado noutro cargo. E Alexander Beglov, antigo conselheiro de Poutin, dirige agora os serviços da administração técnico-financeiros. A secretária de Imprensa de Medvedev é Natalya Timakova, uma habitué do Kremlin e dada como uma fanática do antigo PR.
O círculo confidencial dos homens de extrema confiança de Poutin na nova gerência do Kremlin adensa-se ainda com a presença de Sergei Prikhhodko, antigo conselheiro presidencial de Política Internacional. Dmitry Medevedev conta só com dois antigos colegas da Faculdade de de St Petersbourg : Arkady Dvorkovich, economista liberal , e Konstantin Chuichenko, advogado com fortes ligações ao mundo dos hidrocarbonetos.

FAR

2 comentários:

Anónimo disse...

A Rússia mete mesmo medo. Hoje, o Financial Times, a grande biblia da City e da Social-Democracia mundial, revela num GIGANTESCO ARTIGO, assinado pelos correspondentes em Moscovo, Buckley e Catherine Belton, os canais secretos da MUNDO do Petróleo Russo. É delirante e hiper-moderno com biliões a porem a delirar a cáfila de antigos espiões do KGB... Ao lado disto, Sócrates ainda fica mais pequenino a negociar com Hugo Chavez, depois de ter fumado no avião. Se tiverem oportunidade de ler o artigo, não o percam. Aliàs, já tinha há três semanas saído um parecido no Wall Street Journal, o belo diário económico que os Murdoch-boys andam a estragar...FAR

Táxi Pluvioso disse...

Desde que os ricos fiquem mais ricos e os pobres mais pobres, está tudo bem. A ordem natural é mantida. É essa a função dos políticos.