quarta-feira, 14 de maio de 2008

Da Capital do Império

Olá!

A próxima vez que ouvirem um dos misantropos-ambientalistas falar da guerra contra “as mudanças climatéricas”agarrem-se ao vosso dinheiro e comecem a açambarcar cereais.
Digo isto porque a crise dos preços dos cereais acaba de demonstrar que em grande parte o “ambientalista” faz hoje parte de uma teoditice que sabe “ouvir a natureza”, um ponto de vista filosófico do mundo em que o mal é sempre o homem e o desenvolvimento. Tal com os generais de outras guerras os “ambientalistas” estão dispostos a destruir a cidade para a salvar, neste caso dispostos a deixar morrer os homens para salvar o mundo. O que não é de admirar pois neste teoditice o homem e o desenvolvimento são Satanás, a força do mal na natureza perfeita e benigna, tal como no passado recente o desenvolvimento económico era sinónimo da exploração do trabalhador. Alguns dos ambientalistas até gostam de abraçar árvores como sinal de compreensão e amizade .
Esta teoditice nada tem a ver com a realidade dos factos e como muitas outras idioticies ideológicas e filosóficas vem embrulhada na distorção de factos científicos e em pseudo-ciência (lembram-se do socialismo científico?) com resultados graves e em certos casos catastróficos para a população, principalmente aquela dos países pobres que tende sempre a ser a primeira vítima dos missionários e das suas novas ideias de como salvar o mundo.
Voces devem lembrar-se em como ainda muito recentemente uma das palavras de ordem dos misantropos-ambientalistas era “não queimem combustíveis. Platem-no” (“Don’t burn fuels. Grow it”). A malta toda achou essa ideia genial.
Os dirigentes da UEtopia adoptaram uma resolução pela qual os países membros terão que estar a produzir 10% dos seus combustíveis para uso nas estradas a partir de biocombustiveis até ao ano 2020.
O governo americano (do Bush é verdade!), bem apoiado pelos ambientalistas e com a claque ensurdecedora do enorme lobby da indústria agrícola adoptou uma lei mandatando a produção de 36 mil milhões de galões de biocombustiveis até ao ano 2022, ou seja, quintuplicar essa produção de 2006 até ao ano 2022. Ou seja, até 2022 28% da produção de cereais dos Estados Unidos (os maiores doadores de ajuda alimentar do mundo) terão que ser gastos em biocombustíveis. Para encorajar isto nada melhor do que um subsídio para os agricultores
Cheios de boas intensões os misantropos-ambientalistas transformaram a oferta de alimentos no mercado numa subsidiaria da indústria de energia, tornando o valor dos cereais mais alto como combustível do que como alimentos.
Presumo que como quem vai passar fome são os pobres em partes esquecidas do mundo, a malta no mundo desenvolvido pode continuar a sentir-se bem porque está a salvar o mundo das “mudanças climatéricas”. (Aparentemene já não se diz “aquecimento global” porque parece que o tal aquecimento não é muito aquecido)
Seria bom se esta batalha pelos biocombustíveis na “guerra contra as mudanças climatéricas” fosse a única idiotice dessa “guerra” mas não é. Depois do falhanço do Protocolo do Kyoto I vem ai o Kyoto II que tal como o Kyoto I tem tantas possibilidades de ser aplicado como o etanol tem de dar de comer aos esfomeados do Haiti. Eu não sei bem o que quer dizer “triliões” mas aparentemente e de acordo com essa instituição super ambientalista que é a ONU é isso que vai custar em termos de PIB um tal Kyoto II. O Protocolo do Kyoto se tivesse sido totalmente aplicado teria custado 180 mil milhões de dólares anuais. E se tivesse sido aplicado totalmente teria (provavelmente) reduzido o aquecimento global até 2012 em 0,1 graus FARENHEIT o que na prática é … quase zero. O que teria atrasado em cinco anos o tal aquecimento global PREVISTO PELOS AMBIENTALISTAS que dizem que nos próximos cem anos a temperatura global vai aumentar entre 1,8 e 4 graus centígrados. Não têm a certeza. Eu tambem não sei se na próxima semana a temperatura vai aumentar um ou dois graus e o meu serviço meterológico não me pode dar a certeza..
Mais: cortar uma tonelada de COs na atmosfera custa $20 a tonelada. Os danos causados por uma tonelada de CO2 na atmosfera são $2 (dois). E isto com base no facto que o o aquecimento global foi no século XX menos do que 1 grau centígrado (é verdade) e que, vejam lá, ainda não houve aquecimento global este século.
Creio eu que os tais “triliões” de dólares seriam mais bem gastos em preparar e combater os efeitos do tal aquecimento global que hoje é convenientemente chamado de mudanças climatéricas.
Foi Einstein quem disse que a loucura é repetir-se os mesmos erros esperando resultados diferentes recusando a realidade dos factos.
Agarrem-se pois às vossas carteiras e comecem a açambarcar cereais.
Abraços,

Da capital do império,

Jota Esse Erre

4 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Também o abre caricas parecia uma boa ideia, e no entanto...

Para os que não acreditam na queda dos preços:

The U.S. government has reduced by millions the reward for the capture or killing al Qaeda in Iraq's leader because he's no longer worth the price tag, Pentagon officials said Tuesday.
The value placed on Abu Ayyub al-Masri dropped from $5 million to $1 million last year and then in February was trimmed to $100,000, Pentagon officials said.

Al-Masri, called "the Egyptian" and also known as Abu Hamza al-Muhajer, took the reins of Iraq's al Qaeda offshoot in June 2006, after a U.S. missile strike killed his predecessor, Abu Musab al-Zarqawi.

E não desceram amendoins. É uma descida significativa. Tenham fé, o mesmo sucederá ao barril de arroz, que subiu 80% o ano passado, mas descerá 200% este ano.

Anónimo disse...

JSR: Oh, deuses, tanta ironia para defender o indefensável, meu caro. O problema dos " efeitos de estufa" são incontornáveis e medonhos. Todas as investigações científicas concretas- nos Pólos- detectam inquietantes sinais de uma fenomenal mudança do equlibrio meteorológico universal. Somos água e pó, e ficaremos sepultos na água, mais cedo ou mais tarde.O problema com os cereais- agora que as classes médias ascendentes sino-indianas consomem mais farináceos - é que o aumento das suas áreas de cultivo induzem um avassalador corte das florestas- na Amazona, na India, na África Equatorial - de modo que o processo de equilibrio ambiental fica mais exposto a variações imprevisíveis pela presença crescente e venenosa do CO2 na atmosfera, causa primeira do efeito de " estufa " que ameaça o degelo dos Circulos polares e a subida dantesca das águas dos oceanos. Além disso, a poluição dos mares, dos rios e dos aquíferos subterrâneos " ajudam " na consumação desta tragédia anunciada. E eu sou um leigo nestas matérias, meu caro. FAR

Táxi Pluvioso disse...

Eu apoio as mudanças climáticas porque gosto da palavra pulôver. Com um mundo mais quente podemos usá-la de dia e de noite. "Hoje está calor não visto o pulôver" ou "tio Zacarias não precisa levar o pulôver, a noite está uma caloraça", são frases que ouviremos muito.

Para além disso, a maior invenção do homem, o fio dental, pode ser usado em todas as estações.

Agora não creio que existam pessoas contra os trangénicos ou a clonagem de animais para encher a barriguinha. Ou ainda há?

Anónimo disse...

O problema é que ía acabar a fome. e ainda não acabou por meras questões organizativas.
Ora, sem pessoas a morrer à fome como é que nós iamos viver, sim, a quem é que podiamos dar um papo seco para calar a consciência das aleivosias que vamos fazendo?

Mas, diminuindo a disponibilidade de comidinha devido a passarmos a queima-la nos motores dos nossos carrinhos, a fome voltará em força e haverá pobres esfomeados para nós todos podermos exercer a tão necessária caridade.