Tome-se um homem,
Feito do nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
Reinaldo Ferreira
4 comentários:
Post dedicado ao FFC e a outros pacifistas de Verão.
lá estou eu a deprimir-me de novo, mas, enfim, viva o verão na mesma
Armando: Cheguei bem mas a minha cherie achou que foi tempo de mais para estar em Lisboa...Fomos jantar fora e eu contei-lhe os mais salientes pormenores do caos deixado pela Direita no governo de Lisboa. Por exemplo, a falta de limpeza criminosa, a ruina da manutenção das infra-estruturas( o Rorty aplica também esta palavra aos ensaios filosóficos...)e a terrivel sensação de impunidade que nos apavora, quotidianamente. Cheguei carregado dos livros que recomprei( pois tinham sido perdidos ou roubados na casa do meu avô),em especial os Rorty e os Sena ou as reedições de Cesariny. Estou muito preocupado com a progressiva "doença" do Armando que, tanto pode dar para fazer dele um génio( como eu...) ou o arrumar no caixote do lixo socrático...Auf Wiedersehen FAR
Armando, obrigado meu querido amigo !
FFC
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