Este é o momento
Em que já não se confunde o coração
Com axónios e sinapses
Este é o momento que ri
De todas as falsas interpretações
Sobre o tempo em modo biológico
Em que a intuição diz basta!
De teorias incompletas
De falsas explicações
Este é o vento que sopra
O maior de todos, e o menor
Que encontra na recordação a grandeza
Se o não compreendes
Tu não o compreendes
Se não plantas, enfim
Serás o ser que és, simplesmente
Uma recordação de futuro nesta farsa
A miséria incrustada num ponto de nós
Serás carne e nada, porque nada
É o zero de sentimento, o menos que um
Será esse pequeno instante
E serás sempre assim por diante
Enquanto nós, minúsculos e irrelevantes
Tentaremos a quimera, tentaremos ser grandes
Haverá sempre aquele ponto mísero de luz
Haverá sempre a esperança, ou uma só esperança
Existirão as teorias dos psicólogos rebatidas por uma só experiência
E um campo de prazer, e um amor, um só amor
Sempre, sempre um só amor
Haverá, um microssegundo de esperança
Um momento sistémico que transformará
Todos os momentos em réplicas do momento da esperança
Mesmo que saibamos que não existe verdadeira partilha
Este é o momento em que dizemos não!
Ao que as hormonas ordenam
Esse sempre procurado momento de paz
O tesouro guardado na nossa faringe
Em gemidos de amor se transforma no real
Esse sentimento ancestral, Essa esperança
Em modo incompleto, inútil, de ser homem
A pretensão infantil de ser, este símbolo
Esta maldição eterna, perene e imbecil
Uma comédia negra mascarada de tragédia
Imperfeita, irreal, impossível
Se do poema se fez nada, do suspiro fez-se tudo
Todo o amor é superação, pois
É aquilo de que necessito
Um hino à completude, uma brincadeira
O sentido, uma ilusão boa, brincadeira
Assim continuamos, sentindo o que o corpo
Nos obriga a sentir, aquilo que a alma
Nos obriga a enganar, aquilo a que chamamos
O sentido, uma anedota de lindas cores
Um beco sem saída, uma coisa linda
Um certo brilho no olhar, um andar
Um bambolear inesquecível, uma forma
Entre o sim e o não está o Todo, eu vejo-o
Naquela forma bamboleante de Homem, não
De Mulher, de anjo, de deusa de tudo
Eu vejo-a, e será o momento, o coração
Obrigado por impulsos sinápticos, eu dizia
Que o coração me transporta em frente, ao instante
Do Todo, tudo o que significa, o magnífico
A compreensão do instante como instantâneo
Meu irmão! Meu amor, meu doce e terno amor
Instantâneo, minha querida e doce forma de vida
Agora sim, os amantes poderão ser tristes
Não existe qualquer contradição, meu amor
Afinal preencher os bocados que nos faltam não é
A mesma coisa que nos completarmos, sabes bem
Que não é; e que a recordação do momento
É tão forte que toma o lugar do momento
Propriamente dito. Enquanto nos perdemos
Na recordação somos como deuses, somo como
Tudo, em nós tudo prepassa, tudo se faz
Verdadeiro, em nós toda a beleza aparece
Consumindo-se em autofagia, e meu amor
É isso que significa a recordação do momento
Em que já não se confunde o coração
Com axónios e sinapses
Este é o momento que ri
De todas as falsas interpretações
Sobre o tempo em modo biológico
Em que a intuição diz basta!
De teorias incompletas
De falsas explicações
Este é o vento que sopra
O maior de todos, e o menor
Que encontra na recordação a grandeza
Se o não compreendes
Tu não o compreendes
Se não plantas, enfim
Serás o ser que és, simplesmente
Uma recordação de futuro nesta farsa
A miséria incrustada num ponto de nós
Serás carne e nada, porque nada
É o zero de sentimento, o menos que um
Será esse pequeno instante
E serás sempre assim por diante
Enquanto nós, minúsculos e irrelevantes
Tentaremos a quimera, tentaremos ser grandes
Haverá sempre aquele ponto mísero de luz
Haverá sempre a esperança, ou uma só esperança
Existirão as teorias dos psicólogos rebatidas por uma só experiência
E um campo de prazer, e um amor, um só amor
Sempre, sempre um só amor
Haverá, um microssegundo de esperança
Um momento sistémico que transformará
Todos os momentos em réplicas do momento da esperança
Mesmo que saibamos que não existe verdadeira partilha
Este é o momento em que dizemos não!
Ao que as hormonas ordenam
Esse sempre procurado momento de paz
O tesouro guardado na nossa faringe
Em gemidos de amor se transforma no real
Esse sentimento ancestral, Essa esperança
Em modo incompleto, inútil, de ser homem
A pretensão infantil de ser, este símbolo
Esta maldição eterna, perene e imbecil
Uma comédia negra mascarada de tragédia
Imperfeita, irreal, impossível
Se do poema se fez nada, do suspiro fez-se tudo
Todo o amor é superação, pois
É aquilo de que necessito
Um hino à completude, uma brincadeira
O sentido, uma ilusão boa, brincadeira
Assim continuamos, sentindo o que o corpo
Nos obriga a sentir, aquilo que a alma
Nos obriga a enganar, aquilo a que chamamos
O sentido, uma anedota de lindas cores
Um beco sem saída, uma coisa linda
Um certo brilho no olhar, um andar
Um bambolear inesquecível, uma forma
Entre o sim e o não está o Todo, eu vejo-o
Naquela forma bamboleante de Homem, não
De Mulher, de anjo, de deusa de tudo
Eu vejo-a, e será o momento, o coração
Obrigado por impulsos sinápticos, eu dizia
Que o coração me transporta em frente, ao instante
Do Todo, tudo o que significa, o magnífico
A compreensão do instante como instantâneo
Meu irmão! Meu amor, meu doce e terno amor
Instantâneo, minha querida e doce forma de vida
Agora sim, os amantes poderão ser tristes
Não existe qualquer contradição, meu amor
Afinal preencher os bocados que nos faltam não é
A mesma coisa que nos completarmos, sabes bem
Que não é; e que a recordação do momento
É tão forte que toma o lugar do momento
Propriamente dito. Enquanto nos perdemos
Na recordação somos como deuses, somo como
Tudo, em nós tudo prepassa, tudo se faz
Verdadeiro, em nós toda a beleza aparece
Consumindo-se em autofagia, e meu amor
É isso que significa a recordação do momento
12 comentários:
porque será que todos os censores inventam que têm alma de poetas?
Ao menos o FAR escreve prosa...
Caro anónimo, não se queixe. E diz v. que não está stressado...
Para eu ser considerado censor isto teria de ser um espaço público, que não é, e isso só prova que não entendeu o que é isto de um blogue, como eu aliás já tinha percebido, e escrevi há dias.
Não admito que venham a minha casa provocar os meus convidados e estragar-me o ambiente da festa. Se não percebe isso... o problema é seu.
Entretanto a pouco e pouco vai desistindo da provocação, o que é bom, como irá entender quando reparar que está a ocupar o tempo de maneiras mais construtivas.
Não admito que venham a minha casa provocar os meus convidados e estragar-me o ambiente da festa.
Há festa no 2+2=5?! Pensei que isto fosse um blogue sério, principalmente dadas as contribuições do FAR para a revolução vindoura...
A censura é como o outro, mas má poesia!!! Antes as citações do FAR
Além de considerar o poema-perfomance do André Carapinha Bastante BOM, o FAR pede desculpe, mas aconselha os anónimos a meditarem nesta citação do JL Borges, que reza o seguinte: " Tudo é citação, nós próprios somos uma citação "...FAR
Muito bom
Aquilo que chama de "censura" continuará enquanto o anónimo continuar nas provocações.
Sabemos que o seu objectivo era dar cabo do blogue, e o que o irrita é que já percebeu que não o vai conseguir, com a minha intervenção.
Entretanto, o chato destas coisas, é que tenho a certeza que nos conhecemos, pelo que não me vai ser dificil descubri-lo: basta que, da próxima que for ao BB, repare em quem está de trombas comigo.
Quanto aos meus textos, poemas ou o que for, escreva o que quiser, que eu já lhe disse que não dou troco, estou-me nas tintas.
A linha vermelha, sabe bem o anónimo qual é,
o que é BB? Só conheço "a" BB.
Sabemos que o seu objectivo era dar cabo do blogue
SABEMOS, nem vou perder tempo a explicar porquê, soa-me a estalinismo requentado, ou entã, o sr. administrador sofre do síndrome da rainha de inglaterra e só fala de si próprio na terceira pessoa
e quanto ao objectivo de "dar cabo do blogue" não creio que o sr.administrador se deva preocupar demasiado: com os seus poemas e as profundas reflexões dessa Luz intelectual que dá pelo nome de FAR, o objectivo cumpre-se sozinho
agora que isto de repente começou a ter comentários pra caramba, ah nesse aspecto particular ninguém negará o mérito do Movimento Anónimos Unidos Jamais Serão Vencidos
ass: a linha vermelhe, perdão, a marca amarela
poema-perfomance???!!!!
cheira-me a coisa pós-pós-pós-moderna
Ass: o anónimo sinalizado às 2:15
Eh pá... por favor... estar a dar
confiança a esse "anónimo" sem
classe, pestilento e ignorante...
é ser pior que ele. E enquanto lhe
derem conversa... esmolas... ele
não vos larga a casa. Arreda...
desgraçado!!!
Quem disse que o anónimo é «o anónimo»? Eu, por exemplo, que sou anónimo, não sou «o anónimo». Até porque tenho classe e não sou pestilento nem ignorante (já agora, que raio de dicionário de sinónimos é que vocês usam por aqui? É com cada adjectivo! Nem o MRPP ia tão longe nos seus tempos gloriosos...)
A não ser, claro, que o anónimo seja o anónimo... jf.
Pergunto, já agora, o jf também escreve poesia?!
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